Mais países europeus adotam droga japonesa no tratamento de pacientes com ebola

Depois de curar uma enfermeira, a droga Favipiravir (Avigan) está sendo usada na Espanha e Noruega, além de França e Alemanha, para tratar pacientes infectados com o vírus.

Do Mundo-Nipo com Agências

Uma medicação desenvolvida no Japão, usada na França para o tratamento que ajudou na cura de uma enfermeira que havia contraído o vírus do Ebola durante uma missão na Libéria, também está sendo usada pela Espanha e Noruega, além de França e Alemanha, para tratar pacientes infectados com o vírus do Ebola.

A droga Favipiravir, comercializada como Avigan e desenvolvida pela Toyama Chemical, uma empresa do grupo FujiFilm Holdings, foi aprovada no Japão como um medicamento antiviral contra a gripe, em março deste ano, mas ainda teria de ser aprovada como um tratamento para o ebola. Mas testes de laboratório em camundongos teriam sugerido que a droga também é eficaz contra o vírus.

“Um documento foi publicado sobre os efeitos do tratamento quando foi testado em um rato infectado pelo vírus do Ebola”, afirmou a desenvolvedora da droga Favipiravir.

Até o momento, não existe nenhuma vacina ou antiviral homologado contra o ebola. Entretanto, diante da atual epidemia na África Ocidental, um comitê de especialistas das Nações Unidas aprovou em meados de agosto os tratamentos experimentais – oferecidos com base no consentimento do paciente.

Na França, uma enfermeira da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que havia contraído o vírus do Ebola durante uma missão na Libéria, se recuperou e deixou o hospital no início desse mês, depois de receber vários tratamentos experimentais, incluindo Avigan. Mais recentemente, na Espanha e na Noruega, uma enfermeira e um médico também foram tratados com o Avigan.

No final de agosto, a Fujifilm informou que possuiu estoque da medicação o suficiente para o tratamento de mais de 20 mil pacientes.

O atual surto do vírus Ebola já matou 3.857 pessoas no oeste da África, de um total de 8.011casos registrados em cinco países (Serra Leoa, Guiné, Libéria, Nigéria e Senegal), segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Com o apoio da França, o governo de Guiné – primeiro país a detectar o vírus − está se preparando para iniciar testes clínicos com o Avigan a partir de novembro.

(Com informações do Jornal Nikkei e Agência Kyodo)

 


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