Japão marca 50 anos de adesão à OCDE

O Japão foi admitido na OCDE em 1964, mesmo ano em que o país realizou a Olimpíada de Tóquio e inaugurou a sua primeira linha de trens-bala Shinkansen.

Do Mundo-Nipo

O Japão celebra este ano o cinquentenário de sua adesão na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O país presidirá a reunião do conselho da entidade pela segunda vez, desde 1978. A reunião está programada para acontecer no dia 6 de maio, em Paris.

 

50º aniversário do Japão na OCDE (Imagem: Reprodução/OCDE)
50º aniversário do Japão na OCDE (Imagem: Reprodução/OCDE)

 

Na terça-feira (29), o jornalista Tomoyuki Masanobu, da emissora pública NHK, comentou os desafios que se colocam diante da OCDE.

Confira abaixo os comentários do jornalista:

– Que importância tem para o Japão a condição de membro da OCDE?

Tomoyuki Masanobu: “A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico é uma entidade internacional que observa e analisa os problemas econômicos e sociais do mundo, e cria regras de aplicação comum entre países industrializados”.

“É também chamada de ‘clube de nações industrializadas’. Para admissão na organização, as nações devem compartilhar vários valores e sistemas comuns, como regras de comércio e investimentos, com países industrializados. Em outras palavras, a admissão na OCDE traz o significado de aceitação internacional como nação industrializada”.

“O Japão foi admitido na entidade em 1964, mesmo ano em que o país realizou a Olimpíada de Tóquio e inaugurou a sua primeira linha de trens-bala Shinkansen. O ano de 1964 parecia simbolizar a reconstrução japonesa do pós-guerra. Para ser admitido na OCDE, o Japão teve de liberar a entrada de capital estrangeiro e relaxar várias regulamentações. Acredita-se que estas medidas ajudaram a estimular o crescimento econômico do país e pavimentaram o caminho para que a nação se tornasse uma das maiores economias do mundo”.

– Que desafios a OCDE tem pela frente?

Tomoyuki Masanobu: “Um desafio que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico terá de enfrentar são meios de lidar com países de economia emergente”.

“A OCDE é integrada hoje por 34 nações. A maioria delas é da Europa e da América do Norte. Apenas o Japão e a Coreia do Sul são da Ásia”.

“A entidade conseguiu fazer com que nações industrializadas trabalhassem juntas no estabelecimento de regras em vários setores, como o ambiental e da proteção de trabalhadores, assim como o comercial e o de investimentos. São regras que, com frequência, adquirem aplicação internacional. No entanto, com a ascensão das economias emergentes e a criação do Grupo dos 20, a OCDE passa a ter dificuldades para desempenhar o seu papel do mesmo modo como anteriormente. Será importante que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico se torne capaz de liderar discussões sobre o estabelecimento de regras internacionais por meio da inclusão de países com economia emergente nos debates”, concluiu Tomoyuki Masanobu.

*O texto acima foi extraído em sua íntegra da NHK News (em inglês).

Confira o relatório oficial da OCDE sobre os 50 anos do Japão como membro da organização: OECD Observer: Special Japan’s anniversary edition.

 


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