Japão desenvolve robô capaz de operar submerso e em áreas perigosas da usina de Fukushima

Sakura nº 2 é o único robô do mundo que pode mover-se livremente, descer e subir escadas e trabalhar submerso.

Do Mundo-Nipo

Robô Sakura nº 2 (Foto: Takeshi Owada/The Asahi Shimbun)
O robô Sakura nº 2 mostrando que não tem problemas com escadas no dia de sua apresentação em 25 de setembro (Foto: Takeshi Owada/The Asahi Shimbun)

Um robô, que pode operar submerso e levantar objetos pesados, ​​foi desenvolvido para trabalhar em áreas extremamente perigosas para os trabalhadores dentro da usina Fukushima Daiichi.

O robô “Sakura nº 2” foi desenvolvido e produzido pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI) e o Instituto de Tecnologia de Chiba (CIT), sob um acordo de cooperação anunciado em 25 de setembro.

“Sakura nº 2” tem 51 centímetros de largura, 18 centímetros de altura e 104 centímetros de comprimento. Ele pesa cerca de 48 kg, mas pode transportar equipamentos de até 50 quilos, e sua vida útil de bateria é de oito horas.

“Ele é o único robô do mundo que pode mover-se livremente em um prédio do reator nuclear e até mesmo trabalhar submerso”, disse Takayuki Furuta, diretor do CIT.

Embora nenhum cronograma tenha sido anunciado, Furuta disse que “Sakura nº 2”, provavelmente, será usado nos prédios dos reatores nucleares destruídos na usina de Fukushima, que são inacessíveis aos trabalhadores devido aos vazamentos de água e os altos níveis de radiação.

O instituto tem proporcionado robôs não tripulados, incluindo “Sakura”, “Rosemary” e “Quince”, sendo este último produzido em três versões, para o trabalho de reconstrução desde que o desastre nuclear começou em março de 2011.

Os modelos anteriores eram capazes de subir e descer escadas, e suas câmeras ajudaram a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco). Através desses robôs, a Tepco pode saber o que estava acontecendo dentro de um prédio do reator nuclear de cinco andares.

No entanto, a Tepco também pediu a CIT para desenvolver um robô que pudesse ser usado na água e levar um pesado dispositivo de medição radioativa. O desenvolvedor, então, levou cerca de um ano para criar o “Sakura nº 2”, que já está pronto para operar em Fukushima.

As informações são do jornal The Asahi Shimbun.

 


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