Dólar segue exterior e fecha perto de R$ 3,25

Após conclusão do impeachment, a dinâmica do mercado local voltou a ser direcionada pelo cenário externo.
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Foto: Aflo Images

O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira (1), seguindo o movimento do mercado externo, onde investidores aguardam o relatório do mercado de trabalho americano, que será divulgado amanhã e promete influenciar as expectativas sobre o rumo da política monetária americana, enquanto o mercado local se mantém a espera de novas sinalizações sobre avanços no campo fiscal depois da confirmação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A moeda norte-americana subiu 0,63%, encerrando cotada a R$ 3,2495 na venda, após bater R$ 3,2642 na máxima do dia, de acordo com a agência de notícias ‘Reuters’.

Após a aprovação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff ontem, a dinâmica do mercado de câmbio local voltou a ser direcionada pelo cenário externo, onde investidores adotaram uma postura mais cautelosa à espera da divulgação do relatório de emprego (“payroll”) nos Estados Unidos amanhã, que poderá ser um indicador sobre quando os juros norte-americanos voltarão a subir.

As apostas em um aperto monetário em setembro aumentaram desde os comentários da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Janet Yellen, e de diretores durante o encontro em Jackson Hole na semana passada. “O Fed vai avaliar a questão do pleno emprego para decidir sobre o aumento da taxa básica de juros”, afirma Jaime Ferreira, diretor de câmbio da Intercam Corretora, segundo o jornal ‘Valor Online’.

O número de pedidos de auxílio-desemprego, divulgado hoje, subiu para 263 mil na semana passada, abaixo do esperado pelo mercado, que era de 265 mil.

Hoje, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que aumentos “graduais” de juros são consistentes com a perspectiva econômica, mas evitou fazer referências ao momento da elevação.

Para Ferreira, se o Fed não subir a taxa de juros em setembro, isso pode trazer um alívio para o dólar no curto prazo e ajudar a atrair recursos para o mercado local.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.

Cenário interno
No mercado local, os investidores adotavam cautela um dia após a confirmação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Eles aguardam avanços em medidas do governo Michel Temer para equilibrar as contas públicas.

Em votação separada, os senadores decidiram que Dilma poderá disputar e assumir cargos públicos normalmente. Essa decisão gerou desconforto em parte da base aliada de Temer no Congresso Nacional.

“Existe o mal-estar causado pelas divergências vistas ontem entre PSDB e PMDB na votação do impeachment, o que pode dificultar as aprovações do ajuste fiscal no governo Temer”, disse à agência de notícias Reuters o superintendente-geral de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa

Atuação do Banco Central no câmbio
Nesta quinta, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Ao todo, foram vendidos 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.

Fontes: Agência Reuters | Valor Econômico.

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