Bolsa de Tóquio fecha em queda com fluxo reduzido por feriado na China

O índice Nikkei recuou mesmo com o dólar renovando máxima frente ao iene.

Do Mundo-Nipo com Agências

A Bolsa de Valores de Tóquio fechou em leve baixa nesta quarta-feira (1), mesmo com o dólar renovando máxima frente ao iene, com os investidores monitorando cautelosamente as manifestações pró-democracia em Hong Kong e aproveitando para realização de lucros em um dia de fluxo reduzido de negociações com os mercados na China fechados pelo feriado do Dia Nacional.

No final das negociações, o índice Nikkei dos principais valores da Bolsa de Tóquio recuava 91,27 pontos, queda de 0,56%, encerrando aos 16.082,25 pontos. Com o resultado, o índice volta ao campo positivo no acumulado do ano. O volume das transações totalizaram 2.207,17 milhões de ações negociadas, ante 2.338,95 milhões na véspera.

O mercado abriu em queda, seguindo as perdas em Wall Street na véspera. Mas as ações chegaram a apresentar ganhos no início da tarde, em reflexo da alta do dólar, que atingiu a marca de 110 ienes, maior nível desde agosto de 2008. A alta da moeda norte-americana beneficia os exportadores japoneses, que passam a ter preços mais competitivos para venda dos produtos e uma taxa de câmbio melhor para repatriar os lucros.

O resultado de hoje, no entanto, foi determinado pelo movimento de realização de lucros, em que os investidores vendem ativos para lucrar com as altas anteriores, o que faz o valor das ações recuarem.

“A sensação de alívio prevaleceu nos mercados de ações e de câmbio, depois de dois eventos – pesquisa Tankan do Banco do Japão e dados da economia chinesa – que passaram sem grandes problemas”, disse Takuya Takahashi, estrategista sênior da Daiwa Securities Co.

O levantamento do banco central japonês mostrou que o índice de confiança empresarial entre as grandes fabricantes subiu para 13 em setembro, de 12 em junho, apesar de que para o sentimento dos grandes “manufatureiros” caiu para 13 de 19, marcando a segunda deterioração trimestral consecutiva.

“O resultado não foi tão negativo, já que veio em linha das expectativas anteriores”, disse Takahashi.

Enquanto isso a atividade industrial na China também ofereceu algum alívio aos investidores e ajudou a colocar um piso sob os preços. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial ficou estável a 51,1 em setembro, ligeiramente acima das expectativas de mercado, embora a segunda maior economia do mundo ainda não esteja fora de perigo.

“Durante a tarde, os índice chave, o Nikkei, caiu em território negativo novamente, arrastado por uma pausa na desvalorização do iene em meio a uma falta de grandes incentivos a movimentação no mercado”, disse Hiroaki Hiwada, estrategista da Toyo Securities Co.

“Quase todos os ralis da bolsa japonesa nestes últimos meses foram consequência do dólar”, disse Norihiro Fujito, estrategista sênior da Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities. “Mas esse movimento parece estar se enfraquecendo e os investidores têm procurado razões para realizar lucros.”

Entra as principais ações, a Toyota Motor chegou a atingir o maior nível em 2014 antes de fechar em alta de 0,6%. A Honda Motors, no entanto, fechou em queda de 1,5% e a Nissan Motor recuou 1,9%. A fabricante de eletrônicos Nikon também fechou com desvalorização, perdendo 1,2% após relatório que indicou queda de 77% no lucro operacional entre abril e setembro deste ano.

(Com as Agências Estado e Kyodo)

 


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