Número de mortes no Japão atinge recorde de 1,3 milhão em 2015

Mais uma vez, o número de mortes superou o de nascimentos e a população japonesa sofreu uma redução recorde de 294 mil pessoas em 2015.
Pessoas em Toquio Foto Shutterstock 900x600 02 01 2016
Foto: Stockvault

O Japão registrou mais mortes do que nascimentos em 2015, o que representa o 9º ano consecutivo de retração recorde da população japonesa, informou o Ministério da Saúde em um relatório preliminar, no qual avalia que o número total de óbitos registrados no país em 2015  supere a marca de 1,3 milhão pela primeira vez no período pós-guerra.

Em sua pesquisa demográfica preliminar, lançada no primeiro dia de 2016 e divulgada integralmente neste sábado (2), o ministério estima que 1.302.000 de pessoas morreram no ano passado, alta de aproximadamente 29 mil em relação a 2014. Como resultado, a população japonesa deve sofrer uma redução de 294 mil, a maior queda na história do país desde o período da Segunda Guerra Mundial.

O relatório mostra ainda que, em média, uma pessoa morreu a cada 24 segundos em 2015. As quatro principais causas das mortes foram câncer, doenças do coração, pneumonia e doenças cerebrovasculares, principalmente Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Por outro lado, o ministério projeta que cerca de 1.008.000 de bebês nasceram em 2015, ou seja, houve um nascimento a cada 30 segundos no país, em média, de janeiro a dezembro de 2015. O número representa uma elevação de 4 mil em relação ao ano anterior e marca o primeiro aumento na taxa de natalidade em 5 anos.

O número de bebês nascidos de mulheres na faixa etária de 30 anos aumentou em cerca de 10 mil no período de janeiro a junho em relação ao mesmo período em 2014, o que alavancou o número total de partos por mulheres de todas as idades. Em particular, mulheres entre 30 e 35 foram as que mais contribuíram para o aumento.

O ministério cita no relatório que a melhora na situação empregatícia e o aumento no número de creches contribuíram para melhorar a taxa de natalidade japonesa. Contudo, o número de mortos subiu por conta da crescente população de idosos no país.

O maior número de nascimentos de crianças no Japão ocorreu em 1973, quando houve um “boom” de bebês e o país registrou 2.092.000 nascimentos – a geração de bebês nascidos no pós-guerra é chamada de “baby boomers”. Depois dos picos registrados na década de 1970, a taxa de natalidade no país passou a declinar até atingir mínima recorde de 1.003.539 em 2014, segundo dados revisados do governo.

De acordo com o último relatório sobre índice populacional no Japão, que é divulgado pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicações do país no primeiro mês de cada ano fiscal japonês (abril), pessoas com idade a partir de 65 anos totalizaram 33 milhões em 2014, mais de um quarto da população japonesa, ou seja, 26% de um total estimado em 127,083 milhões até outubro do ano passado.

O número recorde só reiterou o desafio do governo da terceira maior economia do mundo, como também a mais endividada, para financiar uma das maiores populações de idosos do planeta.

Fontes: Agência Kyodo | Jornal The Asahi Shimbun.

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