Dólar fecha perto de R$ 2,50 com expectativa de pesquisas eleitorais

A moeda dos EUA já acumula alta de 3,14% na semana.

Do Mundo-Nipo com Agências

Após alternar quedas e ganhos, o dólar fechou em leve alta ante o real nesta quinta-feira (2), com os investidores à espera do último debate presidencial antes do primeiro turno das eleições, que acontece hoje, e de olho nas duas pesquisas eleitorais que devem ser divulgadas nesta noite.

O dólar encerrou as negociações de hoje com leve alta de 0,28%, cotado a 2,4918 reais na venda. Na mínima da sessão, atingiu R$ 2,470. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 2,4 bilhões.

Na semana, a moeda norte-americana acumula alta de 3,14%. No mês há avanço de 1,79%, enquanto no ano os ganhos já atingem 5,7%.

Preocupações com as crescentes chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), cuja política econômica é alvo de críticas nos mercados, impulsionaram a divisa norte-americana para quase R$ 2,50 durante a sessão, nível que não é atingido desde o ápice da crise financeira global em 2008.

Levantamentos do Datafolha e do Ibope, atentamente monitorados pelo mercado, devem ser divulgados nesta quinta-feira. Além disso, nesta noite, os candidatos participarão de debate transmitido na TV Globo, último antes do primeiro turno das eleições.

De um lado, conversas de que Dilma teria ampliado a vantagem contra a ex-senadora Marina Silva (PSB) impulsionaram o dólar à máxima da sessão no fim da manhã. Do outro, especulações de que Aécio Neves (PSDB), o candidato preferido dos mercados, poderia disputar o segundo turno com a atual presidente colocaram novamente o dólar para baixo durante a tarde.

O primeiro turno das eleições será disputado neste domingo e, nos últimos levantamentos, Dilma lidera o primeiro turno com ampla vantagem. Para a segunda rodada, a maior parte das pesquisas mostra empate técnico da candidata do PT com Marina, mas a última pesquisa do Datafolha já indica reeleição da atual presidente.

“O mercado ficou nervoso porque percebeu que tem só mais um dia para colocar apostas antes das eleições”, disse o operador de uma corretora internacional.

A aproximação do patamar de R$ 2,50 manteve vivas as discussões sobre a tolerância do Banco Central brasileiro à alta recente da divisa, que eleva os preços de importados e, por isso, pressiona a inflação. A percepção majoritária é de que a autoridade monetária aguardará a volatilidade eleitoral passar para decidir se entra de forma mais pesada no mercado.

Por enquanto, o BC continuou vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1,5 mil contratos para 1º de junho e 2,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a US$ 197,1 milhões.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 9% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

*As cotações são da Agência  Thomson Reuters.

 


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