Cervejarias no Japão aquecem produção antes do aumento do imposto sobre consumo

As fabricantes preveem para março uma elevação em torno de 10% nas vendas de cervejas.

Do Mundo-Nipo

Cervejas Happoshu (Foto: Divulgação/Cervejas do Mundo)
A produção das cervejas Happoshu, que tem menos teor alcoólico, aumentou 50% em relação as cervejas tradicionais (Foto: Divulgação/Cervejas do Mundo)

As maiores cervejarias do Japão estão aumentando sua produção em antecipação ao aumento da alíquota do imposto sobre o consumo, de 5% para 8%, programado para abril, início do ano fiscal japonês, informou nesta segunda-feira a imprensa japonesa.

Segundo a ‘NHK News’, as fabricantes preveem para março uma elevação em torno de 10% nas vendas de cervejas, já que os consumidores provavelmente deverão fazer grandes estoques de bebida antes da alta do tributo.

A Asahi, considerada a maior cervejaria do país, disse que planeja para março um aumento da produção de sua marca mais conhecida em cerca de 20%, em relação ao ano anterior, detalhou a ‘NHK’.

Outras cervejarias famosas como a Kirin e Sapporo também aumentaram sua produção, sendo que a última, com sede na cidade de Sapporo, em Hokkaido, informou que já vem aquecendo sua produção desde início do ano, de acordo com o jornal ‘The Asahi Shimbun’.

Segundo o portal especializado ‘Cervejas do Mundo’, o Japão é considerado o 5º maior mercado de cervejas do mundo.   A venda de cerveja (com mais de 67% de malte) tem sofrido uma queda devido ao surgimento do Happoshu, que é uma bebida parecida com a cerveja, com baixo teor de malte e muito popular entre os consumidores devido ao seu preço mais baixo.

Esta diferença de preço explica-se pela existência de uma lacuna legal nas leis japonesas. O sistema de taxação sobre produtos alcoólicos deste país divide os produtos como a cerveja em 4 categorias diferentes, consoante o grau de malte que utilizem: 67% ou mais, 50 a 67%, 25 a 50% e menos de 25%. Deste modo, uma bebida alcoólica baseada em malte é classificada como cerveja quando o peso do extrato de malte exceda os 67% dos ingredientes fermentáveis.

Segundo o jornal econômico ‘Nikkei’, embora as “Happoshu” não estejam isentas do aumento do imposto sobre o consumo, este tipo de cerveja está à frente na linha das cervejarias que a fabrica. O jornal estima que o aumento de sua produção (em antecipação ao aumento do imposto) tenha sido elevado para cerca de 50% em relação às cervejas tradicionais.

 


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