Após recuar abaixo de R$ 3, dólar ganha força e fecha em alta de 0,63%

O dólar chegou a recuar mais de 1% na mínima da sessão.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira (13), depois de chegar a recuar mais de 1% na mínima do dia, acompanhando o movimento de queda no exterior após dados fracos sobre as vendas no varejo em abril nos Estados Unidos. A tendência de queda, no entanto, foi invertida após uma recuperação dos rendimentos de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, e ampliada pela expectativa de maior redução na intervenção do Banco Central brasileiro no câmbio.

A moeda norte-americana subiu 0,63% e encerrou o dia cotada a R$ 3,0385 na venda, após chegar a cair a R$ 2,9817 na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro de hoje foi fraco, em torno de US$ 760 milhões. Na sessão anterior, o giro ficou em cerca de US$ 1,2 bilhão.

O dólar havia começado o dia em baixa, principalmente pela divulgação de um indicador que mostrou desaquecimento das vendas no varejo dos Estados Unidos em abril, alimentando a perspectiva de que o juro básico daquele país pode demorar mais para começar a subir, retardando uma fuga de recursos dos mercados emergentes.

O movimento de queda da moeda americana ante o real, no entanto, foi interrompido após o avanço dos rendimentos dos Treasuries, que haviam recuado no início da manhã.

“A alta no rendimento dos títulos do Tesouro americano motivava a saída de recursos dos emergentes de volta para os EUA, já que esses papéis são considerados de baixíssimo risco, o que os tornam mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, disse, em nota, o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcisio Rodrigues.

Sinais de fraqueza na economia norte-americana podem levar o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) a postergar o aumento de juros, sustentando a atratividade de ativos de países emergentes. Juros mais altos nos EUA tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro.

A alta do dólar hoje também foi impulsiona pela expectativa de que o Banco Central brasileiro possa reduzir ainda mais as intervenções no câmbio.

“Na última vez em que (o dólar) caiu abaixo de R$ 3, o BC diminuiu a rolagem (de swaps cambiais), então muita gente está agindo como se esse nível fosse um piso”, disse à agência Reuters o operador de uma corretora internacional sob condição de anonimato.

Nesta manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. A autoridade monetária já rolou o equivalente a US$ 3,150 bilhões, ou cerca de 33% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões

Esses leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com informações das Agências Reuters e Valor Online)

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