Economia japonesa registra a mais longa série de avanço em 16 anos

Trata-se do sétimo trimestre consecutivo de expansão da terceira maior economia mundial.
Bandeira do Japão em Tóquio | ©Kyodo Images
©Kyodo Images

Atualizado em 17/11/2017


O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão no trimestre de julho a setembro, segundo trimestre fiscal no Japão, cresceu 0,3% em termos reais na comparação com o período anterior, o que perfaz um ritmo anualizado de 1,4%, marcando sua maior sequência de crescimento em 16 anos, com a ajuda das exportações devido ao fortalecimento gradativo da demanda global.

O crescimento pelo sétimo trimestre consecutivo foi uma boa notícia para o primeiro-ministro Shinzo Abe, que ganhou um novo mandato dos eleitores em uma eleição nacional no dia 22 de outubro para continuar seus esforços de levantar a terceira maior economia mundial depois de anos de fraqueza.

Por outro lado, o consumo privado caiu 1,8% no trimestre na comparação anual, mostrando como suas políticas econômicas ainda não despertaram os consumidores.

O crescimento do Produto Interno Bruto no segundo trimestre fiscal ficou em linha com a previsão de um grupo de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

A expansão foi em grande parte impulsionada pelas exportações, que aumentaram 6% no trimestre em base anualizada.

Desde que Abe assumiu o cargo, no fim de 2012, ele tentou acabar com anos de crescimento lento e deflação através do pacote de política econômica batizado de “Abenomics”, visando um ciclo virtuoso de aumento de salários, gastos e geração de inflação de 2% ao ano.

Recentemente, o iene fraco frente ao dólar e as economias mais fortes em mercados-chave como a China e os Estados Unidos aumentaram os ganhos das empresas exportadoras em nível recorde.

A Sony informou em 31 de outubro que espera alcançar seu maior lucro operacional em seus 71 anos de história neste ano fiscal, ajudado pela forte demanda de fabricantes de smartphones no exterior para sensores de imagem usados em câmeras de telefones.

No início de novembro, os preços das ações na Bolsa de Tóquio subiram ao seu nível mais alto em mais de um quarto de século.

No entanto, a falta de um forte crescimento salarial está afetando os gastos dos consumidores e impedindo a economia de entrar plenamente no ciclo virtuoso pensado por Abe, dizem os economistas. A inflação moderada está retornando, mas ainda está longe da meta de 2%, fixada pelo banco central.

Depois que sua coalizão obteve uma vitória convincente nas eleições parlamentares, Abe disse que abordaria alguns dos problemas estruturais mais profundos da economia japonesa, como o envelhecimento demográfico. Ele disse que tornaria a educação pré-escolar gratuita para todas as famílias e a educação superior gratuita para todos os que não puderem pagar.

Abe também disse que prosseguirá com um aumento no imposto nacional sobre vendas, de 8% para 10%, a partir de outubro de 2019, para evitar que as finanças do governo se deteriorem.

Com Valor Online / Via Dow Jones Newswires

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