Dólar sobe 1% com dados fortes sobre a economia dos EUA

Apesar da alta, o dólar ainda acumula desvalorização na semana e no mês agosto.
Cédulas de dólar | ©SXCPhotos
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O dólar fechou em alta de 1% sobre o real nesta terça-feira (23), influenciado por dados mais fortes que o esperado sobre a economia dos Estados Unidos, o que alimentou as expectativas de alta de juros no país ainda este ano. Influenciou ainda o cancelamento de audiência pública com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no Senado, de acordo com a agência de notícias ‘Reuters’.

A moeda norte-americana subiu 1% e encerrou o dia cotada a R$ 3,2335 na venda, após cair por dois dias seguidos. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 3,2367 e, na mínima, foi a R$ 3,1849, segundo a ‘Reuters’.

Apesar de subir no dia, o dólar ainda acumula desvalorização de 0,29% no mês e de 18,1% no ano.

No exterior, investidores aumentavam as apostas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) vá subir os juros no país novamente ainda neste ano.

Nesta terça, o Departamento de Comércio norte-americano divulgou que a venda de novas casas atingiu o maior nível desde outubro de 2007. O dado melhor que o esperado aponta para um aquecimento da economia.

Na sexta-feira, a presidente do Fed, Janet Yellen, deve fazer um discurso ao mercado. Investidores aguardam no pronunciamento indicações de quando os juros podem subir.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.

No mercado local, o volume de negócios foi baixo como na sessão anterior, com operadores evitando grandes apostas antes do início do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, na quinta-feira.

Operadores acreditam que, caso o afastamento definitivo de Dilma seja confirmado, muitos investidores estrangeiros devem voltar ao país.

Atuação do Banco Central no dólar
O dólar passou a subir após a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado cancelar uma audiência pública com o presidente do BC, Ilan Goldfajn, o que frustrou investidores que aguardavam o discurso.

Eles esperavam obter novas pistas sobre as intenções do BC no mercado de câmbio, após declarações do presidente interino, Michel Temer, gerarem confusão sobre se o governo vai agir para evitar quedas mais fortes do dólar.

“O cancelamento coloca um pouco mais de ruído no mercado, que já ficou um pouco desconfortável com os dados dos EUA de manhã [leia mais abaixo]”, disse à agência de notícias Reuters o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

Pela manhã, o BC voltou a atuar no mercado de câmbio. Nesta sessão, foram vendidos 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.

Fontes: Agência Reuters | UOL Economia.

 

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