Coreia do Norte fala em autodefesa após míssil sobrevoar o Japão

Embaixador norte-coreano alegou que o teste balístico é resultado da política hostil dos Estados Unidos.
Mapa na TV mostra detalhes sobre o missil que passou pelo Japao Foto Repoducao YouTube AP
(Foto: Reprodução/YouTube/AP

O governo norte-coreano defendeu nesta terça-feira (29) o direito à autodefesa e afirmou que continuará com a sua política de “dissuasão nuclear”, horas após lançar um míssil que sobrevoou o norte do Japão, em ato que foi rapidamente condenado pela comunidade internacional.

Temos razão de responder com medidas duras no exercício do nosso direito à autodefesa e os Estados Unidos serão inteiramente responsáveis pelas consequências”, disse o embaixador norte-coreano perante a Conferência de Desarmamento, Han Tae-song.

Em resposta à ação norte-coreana, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump sugeriu que não dará tréguas ao país após lançamento de míssil. “Todas as opções estão sobre a mesa”, afirmou nesta terça-feira (29).

O míssil balístico disparado pela regime do líder norte-coreano Kim Jong-un sobrevoou a ilha de Hokkaido, no norte do arquipélago japonês, e caiu em águas do Oceano Pacífico, a cerca de 1.180 quilômetros da costa japonesa, segundo informações oficiais divulgadas por Tóquio.

De acordo com Han Tae-song, a tensão nuclear na Península da Coreia “é o resultado da política hostil dos EUA e do aumento da corrida nuclear contra a Coreia do Norte, que não teve outra alternativa a não ser fortalecer a sua dissuasão nuclear para enfrentar esta ameaça”.

O diplomata afirmou que as manobras militares anuais realizadas atualmente por Estados Unidos e Coreia do Sul “são uma preparação para a guerra e para um ataque preventivo contra o país”.

Han Tae-song acusou o Conselho de Segurança da ONU de ter ignorado os pedidos do governo norte-coreano para discutir essas manobras e para que ameace os dois países.

O representante da Coreia do Norte insistiu que qualquer ação de seu país será “em defesa própria, da soberania e do direito a existir”.

Os exercícios militares conjuntos de EUA e Coreia do Sul geram tensão na península e fazem caso omisso às advertências da Coreia do Norte, em um ato fanático que põe mais lenha na fogueira”, sustentou o representante de Pyongyang nas Nações Unidas em Genebra.

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