Bolsa de Tóquio segue mercado chinês e fecha em alta de 0,65%

O índice Nikkei acumula valorização significativa de 11,15% no ano.

Do Mundo-Nipo com Agências

A Bolsa de Valores de Tóquio fechou em alta nesta segunda-feira (30), com investidores ignorando indicadores fracos sobre a economia japonesa e acompanhando os ganhos da Bolsa de Xangai, que encerrou o dia no território positivo em meio a uma maior expectativa do mercado por mais estímulos à economia da China.

O Nikkei 225, índice que reúne as empresas mais negociadas da bolsa japonesa, subiu 125,77 pontos, alta de 0,65% ante o fechamento anterior, encerrando aos 19.411,40 pontos, após recuar, na sexta-feira, ao menor nível desde 16 de março, o que resultou na quebra de uma sequência de cinco altas semanais.  Contudo, o índice acumula valorização significativa de 11,15% no ano.

Já o indicador Topix, que agrupa os valores da primeira seção em Tóquio, avançou 4,99 pontos, alta de 0,32% ante o fechamento de sexta-feira, terminando aos 1.557,77 pontos.

O volume das transações na sessão principal somou cerca de 2,102 bilhões de ações negociadas, contra 2,568 bilhões de ações na sexta-feira.

Nesta sessão, ambos os índices abriram as negociações no território negativo, influenciados por dados ruins da produção industrial japonesa, divulgados na madrugada, o que fez as ações em Tóquio perderem um pouco de força, uma vez que a queda de 3,4% em fevereiro ante janeiro veio bem mais acentuada que o recuo previsto pelos analistas, de 1,8%. Além disso, foi a primeira queda do indicador em três meses.

Entretanto, os ganhos da Bolsa de Xangai, influenciados pela expectativa de mais estímulos à economia da China, levantaram os ânimos do mercado acionário japonês. “A maioria dos investidores internacionais vê o Japão como uma parte de uma grande cesta asiática, e não há dúvida de que com tanto investimento estrangeiro no continente, as empresas japonesas se beneficiam dos ganhos dos preços das ações na China”, disse Yoshihiro Okumura, gerente-geral do fundo de investimentos Chibagin.

No domingo, o presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Zhou Xiaochuan, afirmou que o país tem “espaço” para mais um relaxamento de sua política monetária, caso a inflação continue a cair e o quadro de desaceleração da economia chinesa piore. Ele afirmou que o governo vai acompanhar de perto sinais de deflação, em meio à queda dos preços internacionais de commodities. A fala de Zhou elevou as expectativas do mercado por mais estímulos à economia.

A incerteza sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos, na sequência dos comentários de sexta-feira da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, não teve influência no pregão de hoje.

No noticiário corporativo, o destaque ficou por conta da Kikkoman, cujas ações subiram 5,2% após um relatório apresentar uma projeção de alta anualizada de 4% no lucro operacional da empresa. A desenvolvedora de jogos online DeNA ganhou 8,6% depois de o Morgan Stanley mencionar uma expectativa de crescimento dos lucros na China por meio de uma parceria com a Nintendo.

(Com informações das Agências Estado e Kyodo)

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