Presidente indiano diz que jovem estuprada era “o símbolo da nova Índia”

O líder defendeu buscar a partir de agora “a solução para os problemas” através “do debate e a conciliação de posturas”.

Da agência EFE

Pranab Mukherjee (Foto: World Economic Forum)
Pranab Mukherjee (Foto: World Economic Forum)

Nova Délhi, 25 jan (EFE).- O presidente indiano, Pranab Mukherjee, disse nesta sexta-feira que a jovem indiana que morreu após ser violentada em dezembro passado era “o símbolo de tudo o que a nova Índia se esforça para ser” e que sua morte acabou com “um sonho”.

“A violação e o assassinato brutais(…) deixaram nossos corações vazios e nossas mentes confusas. Perdemos mais que uma vida valiosa, perdemos um sonho”, afirmou Mukherjee em discurso televisionado na véspera do Dia da República.

O presidente argumentou que não se pode “acusar” a juventude do país se ela se sente “indignada” por um caso que gerou ondas de protestos nunca vistas, que ainda não pararam em parte devido à contínua aparição na imprensa de parecidos.

“Há uma lei do país, mas há outra superior. A santidade da mulher é um princípio fundamental da civilização indiana. A mãe é nossa proteção frente à maldade e à opressão”, ressaltou.

O líder defendeu buscar a partir de agora “a solução para os problemas” através “do debate e a conciliação de posturas” e por restaurar a confiança da cidadania na classe política.

“As pessoas devem crer que o governo é um instrumento positivo, e devemos nos assegurar de que esta seja boa”, defendeu.

As palavras de Mukherjee, que até o verão passado era um dos nomes mais fortes do Partido do Congresso (de situação), vêm ao público depois que um comitê judicial fez, nesta semana, uma longa lista de recomendações às autoridades para diminuir a discriminação à mulher.

A comissão atribuiu ao “fracasso do governo” a origem dos crimes sexuais e pediu a elaboração, o mais rápido possível, de novas políticas de proteção às mulheres, o reforço da legislação existente e a reforma de instituições como as forças de segurança.

Pela morte e pelo estupro da jovem, uma estudante de fisioterapia de 23 anos, são acusados cinco homens em um tribunal de Nova Délhi, enquanto um sexto suposto envolvido no crime, que foi cometido em um ônibus da capital, é menor de idade.

A Índia, com mais de 1,2 bilhão de habitantes, vive há décadas uma migração das áreas rurais para os emergentes pólos urbanos de um país que nos últimos anos registrou um crescimento econômico muito alto. EFE

 

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