Ativista gay holandês insta Japão a promover direitos LGBT no país

Dittrich disse que gostaria de ver o Japão falando mais sobre os direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

Do Mundo-Nipo

Bandeira LGBT (Foto: SXC)
Foto: SXC

O ex-parlamentar holandês Boris Dittrich, considerado o “pai” do movimento político em favor do “casamento gay” na Holanda, primeiro país do mundo a legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo em 2001, instou o Japão a fazer mais esforços para promover os direitos humanos das minorias sexuais no país.

Dittrich, de 57 anos, diretor de defesa  da Human Rights Watch e ativista pelos direitos dos homossexuais, visitou o Japão para participar dos eventos da “Tokyo Rainbow Week” durante os feriados do Golden Week, para apoiar a comunidade de minoria sexual no país.

Em entrevista recente a Kyodo News,  Dittrich disse que gostaria de ver o Japão falando mais sobre os direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

“Nós gostaríamos de ver o Japão falar sobre este assunto também na região da Ásia-Pacífico, por exemplo, para estimular países como Vietnã e Tailândia a se tornar mais abertos sobre isso e mudar suas leis”, disse ele.

Dittrich, um dos primeiros parlamentares abertamente homossexuais na Holanda, que tem viajado por todo o mundo para promover direitos LGBT, disse que através de sua interação com as minorias sexuais no Japão, ele percebeu uma diferença na situação das pessoas desde sua primeira visita ao país, em 2009.

Ele disse que em sua visita anterior as pessoas que compõem o grupo de minoria no país estavam discutindo medidas de proteção contra discriminações na vida cotidiana, mas que em 2013 essas mesmas pessoas querem o casamento igualitário.

Dittrich disse acreditar que a oposição ao casamento do mesmo sexo no Japão não é muito relacionado à religião, mas a resistência das pessoas às mudanças relacionadas a tradições.

Os opositores dizem que “não são acostumados” com a idéia de casamento entre dois homens e duas mulheres, mas “os argumentos baseados na tradição não se sustentam contra a universalidade dos direitos humanos”, disse ele, acrescentando que os direitos universais “aplicam-se a todos “.

Notando que o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon também mostrou seu apoio aos direitos LGBT, ele disse: “acordados a nível internacional os direitos humanos são mais fortes que os argumentos tradicionais”.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2012 pela agência japonesa Dentsu, de cerca de 70 mil pessoas entrevistadas, 5,2% se declararam como LGBT no Japão.

 

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