Príncipe herdeiro e família visitarão o Santuário de Ise no final de julho

O Grande Santuário de Ise é dicado a Deusa Amaterasu e abriga os Três Tesouros Sagrados, símbolos do Império Japonês.

Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo

O príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, e sua esposa, a princesa Masako, juntamente com a filha única do casal, a princesa Aiko, farão uma visita de dois dias ao Santuário de Ise, em Mie, a partir do dia 28 de julho, conforme informou a Agência da Casa Imperial.

 

Santuário de Ise (Foto: Wikimedia)
Ise é um santuário xintoísta dedicado à deusa do sol Amaterasu, considerada a antepassada da Família Imperial do Japão (Foto: Wikimedia)

 

O casal e a filha vão visitar o mais importante santuário do Japão, que em outubro passado concluiu os trabalhos de reparação que é realizado a cada 20 anos. Em uma cerimônia, a divindade do santuário foi transferida para um novo prédio. O local abriga os Três Tesouros Sagrados, símbolos do Império Japonês, passados de geração a geração.

 

Sobre o Grande Santuário de Ise

Ise é um santuário xintoísta dedicado à deusa do sol Amaterasu e está situado na cidade de Ise, na província de Mie. Também conhecido por Ise Jingu, ou apenas por Jingu (“o Santuário”), o local é um dos mais importantes santuários xintoístas do Japão.

Amaterasu é considerada a antepassada da Família Imperial do Japão e é a divindade tutelar do povo japonês, o que faz do Santuário de Ise um dos mais emblemáticos do país.

Em tempos antigos, a sumo-sacerdotisa de Ise era sempre uma mulher solteira membro da Família Imperial, chamada por Saio. Esta ligação mantém-se até os dias atuais e o sumo-sacerdote continua a ser um membro da Família. O cargo é hoje ocupado por Kitashirakawa Michihisa, bisneto do Imperador Meiji.

 

Sobre os símbolos sagrados

As Joias Magatama, o Espelho Kagami e a Espada Kusanagi Tsurugi completam “Os três Tesouros Sagrados” do Japão.

Estes três objetos, de valor inestimável, são intitulados como as “Insígnias do Império”. Sua origem histórica é relatada em dois antigos livros.

O primeiro deles é o Kojiki (Registro das Coisas Antigas), sendo o registro mais antigo do Japão. Sua compilação data de 712, e composto por O-no-Yasumano, com a ajuda de “outros”, a pedido da Imperatriz Gemmei.

O segundo livro é o Nihongi ou Nihon Shoki (Crônicas do Japão), um registro que não só contém mitos e lendas do Japão, mas também uma boa parte da história japonesa. O livro foi concluído em 720 sob a supervisão do Príncipe Toneri-no-Miko (filho do Imperador Temmu), com a ajuda de O-no-Yasumaro.

Ambos os livros contam que origem dos “Três Tesouros Sagrados” envolvem dois deuses: SUSA-NO-O NO MIKOTO, que no Xintoísmo significa “Deus do Trovão ou das Tempestades”, que é conhecido como “O Varão Impetuoso” e o irmão mais novo da Deusa AMA-TERASU OHO MI KAMI, que no Xintoísmo significa “Deusa do Sol”.

De tempos em tempos, os “Três Tesouros Sagrados” são exibidos em uma Cerimônia oficial no Palácio da Família Imperial.

 


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