Ciberataque global afetou mais de 2 mil computadores no Japão

Computadores de grandes empresas japonesas foram afetados, incluindo Nissan e Hitachi.
Ciberataque Foto Stockvault 15052017
Foto: Stockvault

Um organismo japonês de resposta a emergências cibernéticas informou que empresas no Japão também foram vítimas do ciberataque global que atingiu cerca de 150 países. Segundo o órgão não governamental, dois mil computadores foram afetados em 600 localidades no país, incluindo as empresas Nissan e Hitachi, segundo informou nesta segunda-feira (15) a agência de notícias ‘Lusa’.

A Nissan Motor confirmou que algumas de suas unidades foram atingidas. Contudo, a montadora afirmou que “não houve impacto significativo nos negócios”, disse em comunicado.

O porta-voz da Hitachi, Yuko Tainiuchi, disse que o serviço de e-mail funcionou de forma mais lenta. “Alguns e-mails não puderam ser enviados ou abertos”, disseram.

A empresa acredita que os problemas estão relacionados com o ciberataque, mas não recebeu qualquer pedido de resgate. A companhia está agora instalando um software para resolver os problemas.

O centro japonês de coordenação de resposta a emergências de computadores, uma organização sem fins lucrativos que está prestando apoio às vítimas dos ataques, indicou que dois mil computadores em 600 localizações no Japão foram afetados, conforme noticiou a agência portuguesa.

Ataque
Na última sexta-feira (12), computadores em quase todo o planeta sofreram ataque informático de alcance mundial que afetou o funcionamento de empresas e instituições como hospitais britânicos, bancos russos, a fábrica de automóveis da Renault.

Da Rússia à Espanha, do México ao Vietnã, dezenas de milhares de computadores foram alvo de um vírus tipo ransomware devido a uma falha no sistema operacional Windows XP da Microsoft, uma antiga versão que já não tinha suporte técnico da gigante americana do setor de informática.

Chamado de WannaCry, esse ransomware bloqueia o acesso a arquivos do usuário e pede dinheiro, em forma de bitcoin (moeda virtual), para tirar a criptografia desses arquivos.

No Brasil, os sistemas do INSS e do Operador Nacional do Sistema Elétrico e do Tribunal de Justiça de São Paulo também foram vítimas da invasão.

No Reino Unido, houve significativo impacto sobre os arquivos digitais do NHS, equivalente ao SUS britânico. Dados de pacientes foram criptografados pelos invasores e se tornaram inacessíveis. Até ambulâncias e clínicas médicas foram afetadas.

Nos computadores invadidos, uma tela dizia “ops, seus arquivos foram codificados”. Às vítimas, foi pedido um resgate de US$ 300 dólares em bitcoins (moeda virtual), exigindo fazer o pagamento em três dias. Caso contrário, a tarifa duplicaria e, sem a transação realizada no prazo de sete dias, os arquivos bloqueados seriam apagados, de acordo com uma mensagem que aparece na tela.

Especialistas aconselharam os usuários a não pagar, pois isso estimularia os hackers. Não se sabe ainda se alguns dos afetados pagaram a quantia pedida.

Empresas e instituições mais afetadas
Entre as principais vítimas estão hospitais públicos na Grã Bretanha, a empresa espanhola de telecomunicações Telefónica, a fabricante francesa de automóveis Renaul, a empresa americana de correios FedEx, o Ministério do Interior da Rússia, e o operador de trens alemão Deutsche Bahn.

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