Aumenta incidência de câncer na tireoide entre as crianças de Fukushima

O número de crianças diagnosticadas com câncer na tireoide em Fukushima aumentou para 12, enquanto o número de casos suspeitos chegou a 15.

Do Mundo-Nipo

O número de crianças diagnosticadas com câncer na tireoide aumentou para 12, enquanto o número de suspeitos chegou a 15 na província de Fukushima, onde está localizado a usina nuclear que explodiu há mais de dois anos, de acordo com o Kolnet, um jornal online especializado em notícias sobre a região nordeste do Japão.

Os números, que foram divulgados pelo Conselho de Saúde da prefeitura de Fukushima, são parte de uma investigação sobre os efeitos da radiação liberada pela usina nuclear Fukushima Daiichi, que explodiu após ser atingida pelo tsunami em consequência do terremoto em março de 2011, desencadeando a pior crise nuclear desde Chernobyl.

Os pesquisadores do Conselho analisaram cerca de 174 mil pessoas entre adultos e crianças de cidades entorno da danificada usina em Fukushima.

Houve um aumento significativo no número de casos em comparação a um estudo semelhante, divulgado em fevereiro, que encontrou apenas três casos. Contudo, os pesquisadores alertam que é cedo para dizer qual é a relação com o acidente nuclear.

A maior preocupação é com os efeitos da radiação sobre as crianças, que são mais suscetíveis a desenvolver a doença.

 

Mulheres em protesto contra energia nuclear (Foto: Aflo Images)
Cerca de 800 mulheres marcharam pelas ruas de Tóquio em outubro de 2011, pedindo proteção para as crianças das áreas com alto níveis de radiação em Fukushima (Foto: AFLO Images)

 

No caso do acidente nuclear de Chernobyl, na antiga União Soviética, a estimativa é que 6 mil crianças tenham adquirido câncer de tireoide e a maioria dos casos começou a aparecer cinco ou seis anos depois.

No entanto, de acordo com um estudo que o jornal Kolnet aponta com uma comparação melhor para Fukushima, de 250 crianças examinadas em Nagasaki em 2000, apenas 0,8% delas apresentaram nódulos tireoidianos, dos quais nenhum foi diagnosticado como maligno. Além disso, a incidência na população em geral é de apenas um ou dois em 12 milhões de crianças.

Estes números são significativamente menores na comparação com Fukushima, que registra 12 casos e outros 15 suspeitos em apenas pouco mais de dois anos após a exposição.

Alguns especialistas acreditam que estes números podem ser ainda maiores do que os divulgados pelo Conselho de Saúde, sugerindo que não estão levando em consideração as crianças que apresentam pequenos nódulos.

 

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