Especialistas estudam como reduzir radioatividade de água em Fukushima

Antes de liberá-la no mar, especialistas vão estudar um modo de reduzir o trítio da água contaminada que se acumula na usina.

Do Mundo-Nipo

Painel do governo discute destino de água radioativa (Imagem: NHK/Reprodução)
O grupo vai avaliar as dificuldades técnicas no desenvolvimento de tecnologias para remover o trítio da água contaminada (Imagem: NHK/Reprodução)

Um painel de especialistas, convocado pelo Ministério da Indústria do Japão, começou a avaliar os riscos e os desafios tecnológicos para eliminar ou reduzir o trítio radioativo da água contaminada que se acumula na usina nuclear Fukushima Daiichi, informou nesta quinta-feira (26) a emissora pública NHK.

Nove especialistas em substâncias radioativas e outras áreas se reuniram no Ministério da Indústria na quarta-feira (25). Eles disseram que o objetivo principal é chegar a uma solução até o final de março.

O painel se centrará principalmente em analisar os desafios que implica administrar milhares de toneladas de líquido contaminado com trítio, o único isótopo radioativo que até agora não está sendo eliminado durante o tratamento da água.

Todos os noves especialistas concordaram em identificar os riscos que representa manter a água contaminada dentro de tanques de armazenamento e o que implicaria liberá-la de maneira controlada no oceano. O grupo também vai avaliar as dificuldades técnicas no desenvolvimento de tecnologias para remover o trítio da água, estudando as diferentes opções que poderão ajudar a determinar qual ação será mais viável.

Uma estimativa recente do Ministério da Indústria revelou que a água contaminada na usina provavelmente irá acumular até cerca de 800 mil toneladas em um futuro não muito distante.

Nas instalações em Fukushima existem cerca de mil tanques que armazenam água, alguns dos quais sofreram vazamentos graves, como o que aconteceu no ano passado, quando vazaram 300 toneladas de líquido altamente radioativo, parte do qual foi parar no mar.

Uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), enviada para a usina no início deste mês, elaborou um relatório sugerindo que o Japão considere liberar a água no oceano depois que ela for diluída a um nível radioativo abaixo dos padrões definidos pelo governo, uma opção também contemplada pela autoridade reguladora japonesa.

O governo, no entanto, vai precisar se esforçar para ganhar a compreensão dos moradores antes de empreender tal tarefa.

 


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