Disponibilidade de empregos no Japão é a mais alta desde novembro de 1991

A grande oferta de emprego sinaliza que há falta de trabalhadores no país, refletindo a redução da população em idade apta ao trabalho.
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Foto: Lim Sin Thai

Atualizado em 01/06/2016 – 08h01


O número de postos de trabalho disponíveis no Japão saltou 0,4 pontos percentual em abril, atingindo seu nível mais alto em quase 25 anos, enquanto o índice de desemprego da população economicamente ativa do país ficou estável, informou ontem o governo do país, indicando que o mercado de trabalho japonês se mantém apertado em meio à escassez de trabalhadores para uma grande oferta de trabalho.

De acordo com dados preliminares do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações, o número de desempregados em abril se manteve em baixa de 3,2%, para 2,11 milhões, inalterado em relação ao mês anterior.

Por sua vez, o número de pessoas empregadas aumentou pelo 16º mês seguido, fixando-se em 64,07 milhões, ou seja, o mercado de trabalho no Japão viu um acréscimo de 200 mil pessoas empregadas em abril, o que representa alta de 0,3% em relação a março.

Dados separados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social mostraram que a relação entre oferta de trabalho e candidato subiu 0,4 ponto porcentual, situando-se em 1,34 em abril ante 1,30 em março, ou seja, havia no país 134 vagas de empregos disponíveis para cada 100 pessoas em busca de trabalho no quarto mês do ano. O número é o mais alto já registrado no país desde novembro de 1991, quando o índice situou-se em 1,32.

“A situação do mercado de trabalho no país continua em uma tendência de melhoria”, reafirmou um funcionário do governo durante a conferência de imprensa no dia da divulgação do relatório.

Contudo, a grande oferta de emprego sinaliza que há falta de mão de obra no país, conforme a população em idade apta ao trabalho fica cada vez mais reduzida e a população de idosos continua crescendo em meia a queda na taxa de natalidade no país.

Além disso, os salários dos trabalhadores seguem defasados, o que mina o poder de compra dos consumidores e, consequentemente, afeta o crescimento do país e prejudica os esforços do primeiro-ministro Shinzo Abe para tirar o país da deflação.

Mesmo escapando de uma recessão no primeiro trimestre deste ano, “a economia japonesa continua apresentando fraqueza, o que é amplamente visto nos recentes indicadores macroeconômicos do país”, afirmam economistas consultados pela agência de notícias Kyodo.

(Com Agência Kyodo)

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