Bolsa de Tóquio inicia mês em baixa após dados ruins dos EUA e da China

Indicadores ruins das 1º e 2ª maiores economias do mundo levantaram preocupações sobre a economia global.

Do Mundo-Nipo com Agências

A Bolsa de Valores de Tóquio fechou em baixa nesta segunda-feira (2), após indicadores econômicos fracos dos EUA e da China, primeira e segunda maiores economias do mundo, levantarem preocupações sobre a economia global.

O Nikkei 225, índice que reúne as empresas mais negociadas da bolsa japonesa, recuou 116,35 pontos, queda de 0,66% ante o fechamento anterior, encerrando aos 17.558,04 pontos, o menor valor de fechamento desde 26 de janeiro. Na sexta-feira, o índice encerrou a semana com ganho acumulado de 0,9%.

Já o Topix, indicador que agrupa os valores da primeira seção em Tóquio, caiu 6,32 pontos, recuando 0,45% em relação ao fechamento anterior, terminando as negociações no primeiro dia útil de fevereiro aos 1.408,75 pontos.

O mercado em Tóquio já mostrava perdas desde o início da sessão, seguindo o movimento de declínios das ações de Wall Street na sexta-feira, após dados mostrarem que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu de 2,6% no quarto trimestre de 2014, ante 5,0% no período anterior, abaixo das previsões de mercado.

A queda em Tóquio também seguia a tendência de perdas em praticamente todo o mercado asiático, influenciadas por dados ruins vindos da China levantar preocupações sobre a segunda maior economia do mundo.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do HSBC/Markit sobre o setor industrial chinês para janeiro atingiu 49,7 em base ajustada sazonalmente, pouco abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração. O número ficou pouco abaixo da leitura preliminar de 49,8, mas acima da leitura final de 49,6 em dezembro.

Já o PMI oficial divulgado no domingo caiu a 49,8 em janeiro, mínima vista pela última vez em setembro de 2012 e também abaixo da marca de 50. A contração inesperada foi a primeira em quase dois anos e meio.

Esses números ampliam o debate sobre como e se Pequim irá acelerar o afrouxamento da política monetária, com a maioria dos economistas pedindo uma combinação de cortes de juros e aumento da liquidez para aumentar o investimento produtivo.

“A desaceleração gradual na China não está ajudando o sentimento dos investidores”, disse Yutaka Miura, analista da Mizuho Securities.

Durante as negociações de hoje na bolsa japonesa, as ações de empresas orientadas para a exportação mostravam fortalecimento, apoiadas pelo enfraquecimento do iene frente às principais moedas, mas os ganhos foram de curta duração conforme a moeda japonesa se fortalecia até o final da sessão.

Entre as maiores perdas estavam as ações da fabricante de impressoras Seiko Epson, que teve forte baixa de 10,1%, enquanto a rival Konica Minolta recuou 9,4%, após relatórios de lucros decepcionar investidores.

O grupo Mizuho caiu 0,8%, após reportar um declínio de 7,0% no lucro líquido nos nove meses até dezembro ante o mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, as grandes empresas ferroviárias do Japão tiveram bom desempenho depois de divulgar lucro líquido recorde de alta nos nove meses até dezembro. A East Japan Railway subiu 2,7% e a West Japan Railway avançou 5,1% depois de revisar para cima suas previsões de lucros anuais. Entretanto, a Central Japan Railway caiu 0,7% depois de manter sua perspectiva de lucro para o ano fiscal.

A companhia aérea Skymark Airlines, que na semana passada pediu proteção contra falência, despencou 87,9%, após a Bolsa de Tóquio remover temporariamente o limite diário de preço sobre suas ações.

(Com informações das agências Estado e Kyodo)

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