Do Mundo-Nipo
O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira (2), com investidores avaliando que o bom desempenho do mercado de trabalho dos Estados Unidos em abril não é suficiente para motivar mudanças na política econômica no país, reforçando as expectativas de ingresso de recursos externos no Brasil.
O dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,48%, cotado a R$ 2,2193 para a venda. Com isso, na semana a moeda acumulou baixa de 1,05%. No ano, o dólar desvalorizou 5,86%.
A criação de postos de trabalho nos EUA cresceu no ritmo mais rápido em mais de dois anos em abril, enquanto a taxa de desemprego atingiu o menor nível em cinco anos e meio, a 6,3%. No entanto, a taxa de participação na força de trabalho recuou ao menor nível desde dezembro.
Segundo analistas, os dados dão suporte para que o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, continue reduzindo gradualmente seu pacote de estímulo econômico. Também não muda a expectativa de que o Fed não vai voltar a subir os juros mais cedo.
Nos últimos três meses até este pregão, a moeda norte-americana já perdeu 8% ante o real, após ter subido pouco mais de 15% no ano passado todo.
A economia brasileira registrou entrada líquida de US$ 3,374 bilhões neste ano, até o dia 25 de abril, último dado disponível. Parte desses recursos é atraída pelos ganhos financeiros com o elevado diferencial entre os juros domésticos e internacionais.
O movimento desta sexta foi impactado ainda pelo baixo volume de negociações. Agentes afirmavam que o mercado está vazio, entre o feriado do Dia do Trabalho no Brasil e o fim de semana. Segundo dados da BM&F, os negócios do dia movimentaram cerca de US$ 900 milhões, um movimento muito abaixo dos US$ 1,6 bilhão de quarta-feira.
Também pesava a constante intervenção do Banco Central. Pela manhã, deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 198,4 milhões. Foram 200 contratos para 1º de dezembro deste ano e 3,8 mil para 2 de março de 2015.
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