Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira (3), com investidores aguardando o fim da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), após o fechamento dos mercados, para definir a nova taxa básica de juros (Selic).
A moeda norte-americana encerrou o dia com desvalorização de 0,74%, cotada a R$ 2,5567 na venda, após chegar a R$ 2,5495 na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão.
O Comitê de Política Monetária anuncia ainda nesta quarta-feira a nova taxa básica de juros, e no mercado de juros futuros, investidores apostavam majoritariamente no aumento de 0,50 ponto percentual da Selic, a 11,75%.
Segundo analistas consultados pela agência Reuters, a decisão afeta não só a perspectiva de investimentos no Brasil como também a percepção de credibilidade da nova equipe econômica, que é liderada por Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no BC, mas que até agora tem agradado os mercados.
A perspectiva de que o programa de atuações diárias do BC no mercado de câmbio seja reduzido ou eliminado no ano que vem continuava no radar do mercado. Tombini afirmou na semana passada que o atual estoque de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, “já atende de forma significativa” à demanda por proteção cambial.
“Precisamos de mais detalhes. A conclusão, depois de todo o otimismo, é que o mercado ainda quer mais definições antes de dar o voto de confiança”, disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Atuações do Banco Central no câmbio
Nesta sessão, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais pelas atuações diárias. Foram vendidos 3,5 mil contratos para 1º de junho e 500 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 198,3 milhões.
BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a US$ 9,827 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 15% do lote total.
*As cotações são da Agência Thomson Reuters.
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