Dólar tem 2ª queda seguida e fecha semana com perda de quase 5%

O dólar fechou a R$ 3,758 e acumula desvalorização de 5,21% em outubro.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar recuou quase 1% ante o real nesta sexta-feira (9), a segunda queda seguida, e encerrou a semana com desvalorização de quase 5%, com o mercado otimista um dia após a ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) reforçar apostas de que a entidade só elevará os juros nos Estados Unidos no ano que vem. Investidores, no entanto, se mantiveram atentos ao conturbado cenário político local, o que pode voltar a pressionar a moeda americana frente à divisa brasileira.

A moeda norte-americana caiu 0,9%, cotada a R$ 3,7588 na venda, após chegar a R$ 3,72 na mínima da sessão. É a segunda baixa seguida e o menor valor de fechamento desde 1º de setembro, quando o dólar valia R$ 3,688.

Com o resultado de hoje, o dólar fecha a semana com desvalorização de 4,74%. No mês, acumula queda de 5,21%. No ano, porém, tem valorização de 41,38%.

Investidores se mantiveram otimistas um dia após a ata da reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). O mercado entende que o documento reforçou indícios de que os juros nos Estados Unidos –atualmente perto de zero– só vão subir em março de 2016, segundo a Reuters.

A leitura do documento mostrou que, para o Fed, a economia estava próxima de justificar aumento de juros no mês passado, mas integrantes decidiram que era prudente esperar por evidências de que a desaceleração da economia global não está afetando a maior economia do mundo.

Taxas de juros mais altas nos EUA preocupam investidores, pois podem atrair para lá recursos atualmente investidos em países emergentes, que oferecem taxas mais altas, como o Brasil.

No mercado doméstico, investidores estavam de olho no desenrolar da análise dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional, adiada duas vezes esta semana por falta de quórum.

Também avaliavam a rejeição das contas públicas de 2014 proposta pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que abre espaço para um eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O parecer pela reprovação não significa que as contas foram reprovadas. Elas ainda precisam ser julgadas pelo Legislativo.

“Não dá para saber até quando essa queda [do dólar] se sustenta”, disse à agência de notícias Reuters o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold. “Se piorar muito, a tendência é voltar tudo”, afirmou, referindo-se à cotação do dólar acima de R$ 4 atingida em setembro.

Atuações do Banco Central no câmbio
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.

Até agora, o BC já rolou US$ 3,581 bilhões, ou cerca de 35% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

Fontes: Agência Reuters | Economia UOL.

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