Dólar interrompe série de 2 quedas e fecha em alta de 3,6%

A eventual abertura do processo de impeachment contra Dilma levou o dólar a fechar na maior alta diária em mais de 4 anos

Do Mundo-Nipo com Agências

As fortes incertezas em torno da eventual abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, além do ambiente de aversão a risco nos mercados externos, levaram o dólar a interromper uma série de duas quedas consecutivas e fechar a sessão nesta terça-feira (13) com a maior alta diária em mais de 4 anos.

A moeda norte-americana saltou 3,58%, cotada a R$ 3,8935 na venda, maior avanço diário desde 21 de setembro de 2011, quando subiu 3,75%. Na máxima da sessão, foi a R$ 3,8962. Na semana passada, o dólar havia acumulado perdas de 4,74%.

O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu nesta terça-feira liminares que, na prática, seguram momentaneamente o desenvolvimento de eventual processo de impeachment de Dilma, que ganha mais tempo em meio à intensa disputa política que trava no Congresso.

Se a decisão do STF não interfere no poder do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de deliberar sobre os pedidos do impeachment, na prática deixa incerto o plano da oposição de apresentar recurso em plenário para eventual rejeição de Cunha ao pedido de impeachment, como era o script elaborado pelos oposicionistas.

A perspectiva de que o Congresso deve demorar para votar os vetos presidenciais que têm impacto sobre as contas públicas também provocou apreensão entre os investidores. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que “não é prudente” convocar sessão do Parlamento nesta semana para analisar os vetos, após tentativas de reunir deputados e senadores naufragarem na semana passada.

Atuações do Banco Central
O Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.

Até agora, o BC já rolou US$ 4,094 bilhões, ou cerca de 40% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

Cenário externo
No contexto internacional, dados divulgados pelo governo chinês apontaram queda de 18% nas importações do país em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

A China é o maior importador de bens, como ferro e petróleo, do mundo e importante referência para investidores em mercados emergentes. A desaceleração de sua economia reduziu a procura mundial de matéria-prima que o país necessita para funcionar,afetando os países produtores.

 

Fontes: Agência Reuters | Economia UOL.

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