Japão tem gasto recorde de US$ 404,8 bilhões com a saúde em 2015

O gasto do governo japonês com a saúde da população ultrapassou a marca dos 40 trilhões de ienes pela primeira vez.
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O governo japonês destinou à saúde o valor recorde 41,462 trilhões de ienes (US$ 404,8 bilhões), no ano fiscal de 2015, terminado em março deste ano. O montante representa um aumento de 3,8% em relação ao exercício fiscal anterior e marca o 13º consecutivo de elevação nos gastos do governo com o setor, informou o Ministério da Saúde em um relatório preliminar divulgado na terça-feira (13).

O montante gasto pelo governo com pacientes, instituições médicas e remédios, como parte do programa Seguro Nacional de Saúde (National Health Insurance), aumentou em nível recorde pelo 13º ano consecutivo.

A despesa per capita (média gasta por cada japonês de acordo com o PIB do país) com consumo de remédios, bens e serviços de saúde cresceu 13 mil ienes, para 327 mil ienes (US$ 3,2 mil), no ano fiscal que terminou em março passado, também um recorde, segundo o relatório.

Por faixa etária, o gasto do governo com cada idoso a partir dos 75 anos chegou a 948 mil ienes (US$ 9,3 mil), no ano fiscal passado. O valor é 4,3 vezes superior à média de 220 mil ienes (US$ 2,2 mil), gasta em saúde com os japoneses mais jovens, em termos per capita.

Os custos médicos aumentaram em todas as 47 províncias do país, com Chiba vendo o maior aumento, de 5,7%.

Segundo o Ministério, o crescimento recorde nos gatos reflete o envelhecimento da população japonesa, investimentos em tecnologia médica avançada e o aumento do uso de drogas de alto custo.

“A tendência de alta vai continuar”, afirmou um porta-voz do Ministério na coletiva de impressa para divulgação dos dados, conforme noticiou a agência ‘Kyodo’.

Gatos com a saúde no Brasil
Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil gastou US$ 947,40 (cerca de R$ 3,1 mil no câmbio atual) para custear a saúde de cada cidadão durante o ano todo de 2014, menos da metade da média do gasto global

O número é um dos mais baixos entre os países latino-americanos e o pior entre os as nações emergentes, de acordo com a jornal ‘Estadão’.

Segundo a revista ‘Época’, o investimento federal em saúde deverá cair em 2017. Como primeiro ato após ser empossado, o presidente Michel Temer encaminhou ao Congresso, no final de agosto, sua proposta de Orçamento para 2017. O valor de recursos para a saúde deverá cair – o governo prevê inflação de 7,2% neste ano, e o documento propõe reajuste abaixo disso, de 6,9%.

Apesar do aumento em termos absolutos, devendo pular dos R$ 112 bilhões previstos em 2016 para R$ 120 bilhões, essa projeção levaria a um corte de recursos.

Com o anúncio, o gasto federal com saúde acumulará três anos consecutivos de queda. Em 2015, apesar de o Orçamento ser maior, gastou-se menos com a área que em 2014 – R$ 106 bilhões em comparação aos R$ 108 bilhões do ano anterior. Espera-se que o mesmo aconteça em 2016. Em fevereiro, o governo bloqueou R$ 2,5 bilhões do orçamento destinado para a saúde, como forma de controlar os gastos da União. O valor já era menor que o programado para o ano anterior – em 2015, o governo previra gastos de até R$ 121 bilhões (e gastou R$ 106 bilhões).

A tendência de cortes preocupa. A Constituição brasileira garante que todo cidadão tem direito à saúde. Por isso o Brasil conta com um sistema de saúde público e universal. Mas os recursos públicos destinados à área vêm sendo insuficientes para cumprir a promessa constitucional. Isso porque, graças à tendência da judicialização, cidadãos com bons advogados conseguem obrigar o SUS a bancar tratamentos caros, conforme noticiou a ‘Época’.

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