Dólar sobe mais de 1% e fecha no patamar de R$ 2,26

Depois de abrir em queda, o dólar virou e fechou no maior patamar desde 5 de junho.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou com alta de mais de 1% nesta terça-feira (17), voltando ao patamar de 2,26 em um pregão mais curto e de baixo volume de negócios por conta do Brasil contra o México na Copa do Mundo.

O dólar comercial encerrou o dia com valorização de 1,09%, cotado a R$ 2,2622 para a venda. Segundo dados da BM&F, o volume financeiro foi fraco, ficando em cerca de US$ 670 milhões, mantendo o ritmo de poucos negócios dos últimos dias.

A alta do dólar neste pregão refletia o resultado maior do que o esperado da inflação nos EUA, na véspera da decisão do Federal Reserv (Fed, o banco central do país).

Os preços ao consumidor dos EUA avançaram 0,4% em maio, acima do esperado pelos analistas, que previam uma alta de 0,2%. Segundo a Agência Reuters, o resultado alimenta expectativas de que o Fed possa adotar tom menos expansionista na reunião de política monetária desta semana.

Com o Fed devendo encerrar as compras de ativos até o fim do ano, a atenção dos investidores desloca-se para quando a autoridade monetária dos Estados Unidos deve começar a aumentar as taxas de juros. Hoje o dado de inflação levou a uma alta das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries), contribuindo para o aumento da aversão a ativos de maior risco, detalhou mais cedo o jornal financeiro ‘Valor Online’.

No cenário interno, o movimento do dólar veio em meio a um mercado esvaziado, antes do jogo da Copa do Mundo. O pregão terminou antecipadamente, às 13h, e muitos participantes do mercado permaneceram afastados das mesas.

“A inflação acima das expectativa nos EUA induziu esse movimento de apreciação do dólar lá fora, e o real seguiu nessa esteira”, afirmou à Reuters o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. “Mas o BC tem sinalizado que não quer o dólar fora da banda de conforto de R$ 2,20 a R$ 2,25 e por isso, o dólar não deve permanecer nesse nível”, acrescentou, referindo-se às intervenções regulares feitas pela autoridade monetária.

Na avaliação de parte do mercado, essa banda informal agradaria ao BC por não ser inflacionária e, ao mesmo tempo, não prejudicar as exportações.

 

Intervenções do Banco Central no câmbio

O BC vendeu nesta sessão a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 198,5 milhões. Foram 3,4 mil contratos para 2 de fevereiro e 600 para 1º de junho de 2015.

Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou cerca de 52% do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.

*As informações das cotações de fechamento são do jornal financeiro Valor Online.

 


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