Dólar tem terceira semana de alta e atinge nível de R$ 2,37

No acumulado do mês, o ganho do dólar ante o real é de 5,97%.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em alta ante real nesta sexta-feira (19), e renovou a máxima em sete meses, acima de R$ 2,37, cravando a terceira semana consecutiva de alta, com investidores testando a tolerância do Banco Central à escalada da divisa, em meio às perspectivas de mudança na política monetária americana e eleições no Brasil.

A moeda norte-americana encerrou o dia com valorização de 0,33%, cotada a US$ 2,3727 na venda. É o maior valor de fechamento desde 20 de fevereiro, quando a moeda atingiu uma cotação idêntica. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.

Com o resultado de hoje, o dólar atinge a terceira semana de fechamento positivo. A moeda encerra a semana com alta acumulada de 1,61%. No acumulado do mês, o ganho é de 5,97%, enquanto no ano passou a registrar valorização de 0,64%.

Entre os fatores que influenciaram a alta está a última pesquisa do Datafolha, que reforçou a perspectiva de disputa acirrada no segundo turno das eleições entre a ex-senadora Marina Silva (PSB), preferida pelos mercados, e a presidente Dilma Rousseff (PT).

Desde que as mais recentes pesquisas eleitorais começaram a mostrar a presidente Dilma ganhando terreno na corrida presidencial, o dólar tem se valorizado ante a moeda brasileira, de acordo com a agência Reuters.

O fortalecimento da divisa norte-americana também foi sustentado por perspectivas de que o aperto monetário nos EUA seja mais acentuado do que o projetado há alguns meses.

Segundo o Valor Online, o presidente do Federal Reserve de Dallas, Richard Fisher, afirmou hoje que gostaria de ver um aumento de juros nos EUA na primavera (no Hemisfério Norte) e alertou que há sinais de excesso nos mercados. Fisher, junto com Charles Plosser, presidente do Fed da Filadélfia, votou contra a manutenção da expressão “tempo considerável” no documento que acompanhou a decisão de política monetária do Fed na quarta-feira. A expressão refere-se à permanência dos juros em níveis baixos.

Com isso, cresceram as expectativas de que o BC brasileiro possa aumentar a rolagem dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, para evitar pressão inflacionária decorrente do encarecimento dos produtos importados.

Hoje, a autoridade monetária fez a rolagem de todos os 6 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão, postergando o vencimento do equivalente a US$ 296,0 milhões em papéis que expirariam no começo de outubro. Mais cedo, o BC vendera todos os 4 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão nesta sexta-feira, movimentando o equivalente a US$ 198,0 milhões. Com isso, a posição vendida do BC em dólar via swaps alcançou o novo recorde de US$ 96,29 bilhões – 1.925.720 contratos.

*As cotações são da Agência  Thomson Reuters.

 


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