Japão rejeita recurso e confirma prisão perpétua de ex-militar dos EUA

O ex-militar americano estuprou e assassinou uma jovem na ilha de Okinawa em abril de 2016.
Manifesto da populacao de Okinawa contra bases dos EUA na Ilga Foto Reproducao Getty min
População de Okinawa protesta contra base militar dos EUA na ilha | Arquivo / Getty

O Tribunal Superior de Fukuoka, no sul do Japão, rejeitou um recurso apresentado pelo ex-militar dos Estados Unidos, Kenneth Franklin Shinzato, de 34 anos, confirmando a prisão perpétua do mesmo pelo estupro e assassinato de uma jovem na ilha sulina de Okinawa, em abril de 2016.

O caso gerou indignação na população local e fortaleceu a oposição ao excessivo desdobramento militar na região, devido aos riscos para a segurança causados pela proximidade de bases aéreas de áreas povoadas e por causa dos crimes cometidos pelos membros das Forças Armadas americanas.

Shinzato, membro da Infantaria da Marinha dos EUA entre 2007 e 2014, e que na época do crime trabalhava como civil na base de Kadena, em Okinawa, admitiu ter estuprado e abandonado inconsciente a jovem Rina Shimabukuro, de 20 anos, mas negou que quisesse assassiná-la.

Segundo a acusação, o ex-militar esfaqueou Rina no pescoço e bateu em sua cabeça com uma barra de ferro para que não resistisse, mas o acusado alegou durante o julgamento que “não tinha a intenção de causar tal resultado”.

No entanto, na sentença confirmada na última quinta-feira (20), o juiz Masamichi Okubo alegou que Shinzato “sabia que estava realizando um ato perigoso no qual uma pessoa poderia acabar morta”, por isso confirmou a decisão que foi anunciada por um tribunal do distrito de Naha em 1º de dezembro do ano passado.

A ilha de Okinawa abriga mais da metade dos cerca de 48 mil soldados que os EUA têm no Japão, assim como 70% das instalações militares americanas no país asiático.

Com Agência EFE.

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