Japão expressa solidariedade pelo ataque à mesquita no Egito

O ataque à mesquita Al-Rawda, na península do Sinai, contabiliza 305 mortos, incluindo 27 crianças, até o momento.
Mesquita Al Rawda Anadolu Images 900x550 02 min
Mesquita Al-Rawda | Anadolu Images

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, expressou solidariedade ao presidente do Egito , Abdel Fattah al-Sisi, pelo massacre de sexta-feira (24) contra uma mesquita no norte do Sinai, no qual morreram mais de 300 pessoas, incluindo crianças.

Falando a repórteres na manhã deste sábado (25), Abe manifestou pesar e indignação pelo atentado, do qual classificou como “desumano”, noticiou a emissora estatal japonesa NHK.

Em nota publicada pela Chancelaria japonesa, o premiê também manifestou sua solidariedade aos familiares das centenas de mortos e feridos no ataque à mesquita Al-Rawda, na península do Sinai.

“Não há justificativa para o terrorismo”, disse Abe, reiterando que o Japão condena veementemente o terrorismo.

“Vamos continuar trabalhando na luta contra o terror junto à comunidade internacional”, destacou o primeiro-ministro, Shinzo Abe, em mensagem dirigida à Abdel Fattah al-Sisi.

Abe também disse que o “Japão está ao lado tanto do presidente e como do povo do Egito enquanto tentam superar esta tragédia”, conforme noticiou a ‘NHK’.

Atentado na mesquita em Sinai

Quatro agressores chegaram de carro à mesquita que fica na cidade de Bir al-Abed, a cerca de 40 km a oeste de Arish, a principal cidade do norte do Sinai, segundo a agência Reuters.

Os atiradores, usando máscaras e uniformes de estilo militar, cercaram a mesquita e bloquearam as janelas e uma entrada. Os criminosos provocaram explosões e abriram fogo com rifles automáticos contra os fiéis que estavam da mesquita Al-Rawda.

O ataque ocorreu quando eles faziam as tradicionais orações de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.

Além dos quatro homens que entraram atirando na mesquita, acredita-se que 25 e 30 criminosos participaram da ação, de acordo com a Procuradoria-Geral egípcia, citando a investigação e entrevistas com sobreviventes feridos.

O comunicado afirma que um dos homens armados levava uma bandeira do Estado Islâmico.

A região é constantemente atacada pelo Estado Islâmico, mas, até o momento, nenhum grupo reivindicou a ação.

Segundo balanço divulgado neste sábado pela agência Mena, citada pela agência Reuters, o número de mortos no ataque subiu para 305, entre eles 27 crianças, enquanto outras 128 pessoas ficaram feridas.

Após o atentado, o presidente egípcio prometeu uma “resposta brutal” aos agressores em um pronunciamento na TV. “As Forças Armadas e a polícia vingarão nossos mártires e nos devolverão a segurança e a estabilidade com força em muito pouco tempo”, declarou.

A Força Aérea do Egito lançou ataques aéreos sobre “posições terroristas” e veículos envolvidos no ataque contra a mesquita.

Fontes da emissora Arabiya, citadas pela Reuters, disseram que alguns dos fiéis que frequentavam a mesquita eram adeptos do sufismo, vertente considerada pelo grupo extremista como apóstata, por fazer reverência a santos e santuários.

== Mundo-Nipo (MN)
Fontes: Reuters | NHK News.

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