Estudantes de Okinawa estão nos EUA para aprender sobre aliança EUA-Japão

Em Nova York, a ex-embaixadora Caroline Kennedy recebeu 24 estudantes de municipalidades em Okinawa que sediam bases militares dos EUA.

Um grupo de estudantes da província de Okinawa, ilha no sul do Japão, está visitando os Estados Unidos para aprender sobre a aliança de segurança entre os dois países, informou nesta terça-feira (26) a emissora estatal japonesa ‘NHK’.

Os estudantes estão realizando uma viagem organizada pela chancelaria japonesa. Na segunda-feira, o grupo estava em Nova York, onde se encontrou com Caroline Kennedy, ex-embaixadora dos Estados Unidos no Japão.

Os 24 estudantes são de municipalidades em Okinawa que sediam base militares norte-americanas. Mais da metade das instalações militares americanas no Japão se concentra nesta ilha.

Yurino Tamaki falou em nome do grupo de estudantes. Ela disse que eles desejam pensar sobre o futuro de Okinawa e ajudar os americanos a compreenderem melhor a província sulina japonesa.

Kennedy disse que Okinawa está desempenhando um papel importante na aliança dos Estados Unidos com o Japão. Ela manifestou esperança de que a visita contribua para que os estudantes adquiram uma perspectiva mais ampla e uma compreensão mais profunda sobre a aliança.

Os estudantes tencionam transmitir suas experiências aos jovens de Okinawa quando regressarem ao país, conforme noticiou a ‘NHK’.

Okinawa contra as bases
Segundo os dados fornecidos ao jornal ‘Sputnik’ pela prefeitura, em Okinawa estão 25.800 militares norte-americanos e 19.000 membros de suas famílias e civis dos EUA. Lá se encontram concentradas 70% de todas as estruturas militares dos EUA no Japão, embora a ilha de Okinawa represente apenas 1% do território japonês.

Além do incômodo psicológico causado pelo ruído das aeronaves, os habitantes de Okinawa se preocupam com a poluição ambiental e o aumento da criminalidade provocada pelos soldados norte-americanos, inclusive estupros e assassinato.

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Mediante isso, a população local comumente realiza protestos, chegando a entrar com ações legais contra a instalação das bases americanas na ilha.

Transferência da Base Aérea de Futenma
Segundo noticiou a ‘NHK’ na segunda-feira (25), o Ministério da Defesa do Japão deu início à próxima fase da construção da controversa base militar americana em Okinawa.

Base dos EUA em Futenma Creative Commons Sonata
Vista aérea da base dos EUA em Futenma | Foto: Creative Commons

O local de transferência está sendo preparado em um novo terreno de 33 hectares. Trabalhadores já começaram a despejar areia e terra no mar ao longo da costa da cidade de Nago.

As obras de aterramento já estavam sendo realizadas em um local ao lado. Assim, as duas áreas representam cerca de um quarto da construção planejada.

O projeto de transferência da base americana tem gerado críticas localmente. Em um plebiscito realizado mês passado, a maioria dos votantes se opôs às obras.

Manifestantes saíram nesta segunda-feira para chamar a atenção sobre suas objeções. Uma mulher que protestava disse: “Isso é totalmente inaceitável. A decisão do povo local está sendo completamente ignorada.”

Os governos dos Estados Unidos e do Japão querem transferir a Base Aérea de Futenma dos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos de sua atual localização em uma área densamente povoada da província.

Autoridades em Tóquio afirmam que a única solução é transferir a base para a área menos povoada da costa de Henoko.

O governo da província de Okinawa já solicitou que as obras sejam canceladas.

MN – Mundo-Nipo
Fontes: NHK News | Sputnik.

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