Dólar fecha em alta após 2 quedas seguidas e vai a R$ 2,91

O dólar, que foi pressionado hoje pelo preocupante cenário fiscal brasileiro, acumula queda de 1,23% no mês.

O dólar interrompeu uma sequência de duas quedas e fechou em alta nesta segunda-feira (26), em uma sessão marcada pela volatilidade e baixo volume de negócios, com a moeda americana pressionada pelo preocupante cenário fiscal brasileiro, o que ofuscou o ambiente favorável para ativos de risco no exterior.

A moeda norte-americana subiu 0,67%, cotada a R$ 3,9167 na venda. Na mínima da sessão, chegou a cair 1,65%, a R$ 3,8263.  No mês, a moeda acumula queda de 1,23% e, no ano, valorização de 47,32%.

Mercado local
Depois de operar em queda pela manhã, o dólar se firmou em terreno positivo frente ao real, descolando do movimento de desvalorização da moeda americana frente às principais divisas emergentes no exterior.

A incerteza no cenário político e fiscal continuam puxando o dólar no mercado local. Investidores aguardam o anúncio da revisão da meta de superávit primário para este ano. A expectativa é de que o governo deve reconhecer um déficit de R$ 70 bilhões nas contas públicas, mas já há notícias de que essa cifra pode ser ainda maior.

“O que está no radar dos investidores é a questão do ajuste fiscal, que pode levar a um novo rebaixamento do rating soberano, e a perspectiva em relação à taxa básica de juros nos EUA”, disse ao “Valor econômico o operador da corretora Spinelli, Carlos Amado.

Cenário externo
A moeda norte-americana operava em queda frente às principais divisas, com o mercado externo ainda sob o efeito do anúncio de estímulos por parte do banco central da China e expectativa de mais medidas por parte do Banco Central Europeu (BCE), que sustentam o apetite por ativos de risco.

A moeda americana caía 0,28% em relação ao dólar australiano, 0,54% diante da lira turca e 0,27% em relação ao peso mexicano. Investidores aguardam a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que termina na quarta-feira, que pode trazer novas sinalizações sobre o rumo da política monetária nos Estados Unidos.

Atuação do Banco Central
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Até agora, a autoridade monetária já rolou US$ 8,705 bilhões, ou cerca de 85% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

Fontes: Agência Reuters | Valor Econômico.

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