BC do Japão manterá política de estímulos monetários, diz Kuroda

Promessa do presidente do BC japonês serviu para abafar rumores sobre altas de juros em 2018.
Sede do Banco do Japao Foto Wikimedia Commons 900x600 28 03 2016
Foto: Creative Commons

O Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês) manterá sua agressiva política de estímulos monetários, uma vez que a inflação continua distante de sua meta de 2%, reiterou hoje (26) Haruhiko Kuroda, presidente da autoridade monetária japonesa, abafando rumores sobre possíveis altas de juros no próximo ano.

“Vamos apoiar de forma mais intensa um ciclo virtuoso de renda e gastos maiores, ao promover aumentos moderados nos salários e preços”, afirmou Kuroda durante discurso.

Apesar de a economia japonesa estar dando sinais de aceleração, Kuroda disse que o ritmo de avanço dos salários parece mais lento do que o da fase de expansão anterior.

“No entanto, não há dúvida de que o ambiente está se preparando para aumentos salariais mais fortes”, ressaltou o chefe do BC japonês.

Dados publicados ontem à noite mostraram que a taxa de desemprego do Japão caiu de 2,8% em outubro para 2,7% em novembro, atingindo o menor nível em 24 anos.

Os comentários de Kuroda provavelmente tinham como objetivo conter recente especulação de que o BoJ pudesse elevar a meta do juro do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos, hoje estabelecida em torno de zero, já em 2018.

Os últimos números oficiais também revelaram que a taxa anual do núcleo do índice de preços ao consumidor no Japão foi de apenas 0,9% em novembro, muito abaixo da meta de inflação de 2% do BC japonês.

Fontes: Broadcast – Agência Estado / Dow Jones Newswires.

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