Japão registra deflação pelo 9º mês seguido

Acredita-se que a inflação acelere em 2017 por conta da alta nos preços do petróleo e da queda do iene.
Precos no Japao Foto Stockvault 900x600 29 04 2016
©Stockvault

O principal indicador da inflação ao consumidor no Japão sofreu deflação em novembro na comparação anual, marcando o nono mês consecutivo de queda anualizada, de acordo com o relatório preliminar divulgado nesta terça-feira (26) pelo governo japonês, em sinal de que a economia ainda não tem impulso suficiente para levar a inflação em direção à ambiciosa meta de 2% almejada pelo banco central do país.

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, mas inclui energia, declinou 0,4% em novembro ante o mesmo mês do ano passado, de acordo com os números preliminares do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do país.

A leitura marcou o nono declínio mensal consecutivo em termos anualizados e registrou a mesma queda observada no mês anterior, ou seja, -4%. O índice situou-se em 99.8 contra a base de 100 estabelecida em 2010. Na comparação mensal, o CPI não apresentou alteração.

Em relação ao CPI que inclui todos os itens, o índice apresentou alta de 0,5% na base anual e manteve estável na comparação mensal, situando-se em 100.4 contra a base de 100.

Já o índice que exclui os preços voláteis tanto de alimentos como de energia, a medida preferida do BC japonês, cresceu 0,1% na base anual e recuou 0,1% no mês. Embora apresente alta pelo 38º mês consecutivo, esse indicador vem desacelerando gradativamente. No mês passado, ele cresceu apenas 0,2%, enquanto subiu 1,1% em janeiro, ambos na comparação anual.

Apesar dos persistentes resultados ruins, analistas esperam que a inflação acelere no ano que vem, refletindo a recente recuperação dos preços do petróleo e a queda do iene que impulsionou os preços de importação, aliviando a pressão sobre o Banco do Japão para complementar um programa de estímulo.

Quanto à área Metropolitana de Tóquio, o núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, mas inclui energia, apresentou queda tanto na base anual como mensal, de -0,6% e -0,1%, respectivamente. A queda em termos anualizados foi maior que o recuo de -4% registrado em outubro.

Os economistas veem os números de Tóquio como um indicador principal das tendências de preços em todo o país, já que é calculado um mês à frente.

*A tabela com os dados completos pode ser conferida no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.

 

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