Hong Kong retoma importação de carnes do Brasil

Terceiro maior comprador do Brasil, Hong Kong importou US$ 1,5 bilhão de carne brasileira em 2016.
Carne contra file Foto Creative Commons
Foto: Creative Commons

Hong Kong, terceiro maior comprador de carnes do Brasil, anunciou nesta terça-feira (28) a retomada das importações. Segundo o ‘Jornal Nacional’, da Rede Globo, o governo do território chinês tomou a decisão depois de não encontrar nenhuma irregularidade na análise de 66 amostras da carne brasileira que aguardavam liberação nos portos do país.

Em nota, o Palácio do Planalto disse que a reabertura do mercado de Hong Kong reafirma a qualidade e a solidez do sistema sanitário nacional.

Somente em 2016, Hong Kong comprou aproximadamente US$ 1,5 bilhão de carne do Brasil, o que faz da nação o terceiro maior comprador do produto no mercado brasileiro. Mediante isso, o governo brasileiro deu atenção especial a esse potencial importador, afirmando que as restrições dos principais mercados se reduzem aos 21 frigoríficos sob investigação da Polícia Federal.

Agora, vem uma segunda e importante fase. O governo e os empresários brasileiros terão que fazer uma ofensiva mundo a fora para não perder mercado.

É preciso convencer a opinião pública mundial que os fatos isolados estão sendo investigados e que a fiscalização será ainda mais dura.

O comissário da União Europeia para assuntos de saúde e segurança de alimentos, num encontro com o ministro da Agricultura, sugeriu que o Brasil contrate uma empresa para fazer uma auditoria externa no sistema brasileiro.

“Eu disse: Olha, para mim não há problema nenhum. Nosso negócio é transparente, queremos continuar sendo transparentes, portanto, estamos dispostos a aceitar sugestões”, disse o ministro Blairo Maggi.

Nesta terça-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária interditou todos os produtos de quatro frigoríficos que são alvos de recall, a devolução dos ítens determinada pelo governo.

São eles: Transmeat, que usa marca Novilho Nobre; Souza Ramos da marca Souza Ramos e as duas fábricas da Peccin – a de Curitiba, que vende com a marca Italy, e a de Jaraguá do Sul, Santa Catarina.

Por 90 dias, ficam proibidas a venda e a preparação de produtos dessas quatro empresas inclusive em bares e restaurantes.

Na tarde desta terça, a secretaria Nacional do Consumidor suspendeu o recall dos produtos da Souza Ramos e da Transmeat. As empresas declararam que esperam, agora, que a Anvisa também suspenda a interdição dos produtos. Enquanto isso, o frigorífico Peccin não quis se manifestar.

Ainda de acordo com o ‘Jornal Nacional’, o juiz Marcos Josegrei mandou soltar o diretor da BRF André Luís Baldissera, que tinha sido preso na Operação Carne Fraca. O juiz considerou que há dúvidas de que o executivo tenha cometido atos ilegais.

Enquanto isso, o governo do Japão segue com a suspensão da importação da carne brasileira. O anúncio foi feito no início da semana passada.

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