Dólar sobe pela 2ª sessão consecutiva e fecha próximo de R$ 2,25

A moeda dos EUA chegou atingir R$ 2,2610 na máxima do dia.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar subiu ante o real pelo segundo dia consecutivo, fechando próximo do teto informal de R$ 2,25 nesta quarta-feira (30), seguindo o movimento no exterior após divulgação do PIB dos EUA, que cresceu 4% em termos anualizados no segundo trimestre. Segundo a agência Reuters, o crescimento da economia norte-americana surpreendeu positivamente o mercado, alimentando expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) aumentar os juros mais cedo que o esperado.

O dólar comercial encerrou o dia com valorização de 0,52%, cotado a R$ 2,2427 para a venda, após atingir R$ 2,2610 na máxima do dia.  Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro foi alto, em torno de US$ 2 bilhões.

A reunião de política monetária do Federal Reserve foi o principal destaque desta quarta-feira, e decisivo para o comportamento do dólar no fechamento da sessão. Depois que a autoridade monetária manteve inalterada sua taxa básica de juros entre zero e 0,25% e cortou em mais US$ 10 bilhões a compra mensal de bônus, a moeda norte-americana, que vinha em alta, perdeu um pouco de força.

A decisão do Fed veio em linha com o que era esperado, apesar das apostas de última hora de que poderia haver algum sinal sobre antecipação de aumento de juros após a divulgação do PIB do país. No segundo trimestre, a maior economia do planeta exibiu expansão de 4%, ante previsão de alta de 3%, o que gerou especulação sobre o início do processo de alta da taxa de juros em um prazo mais próximo. A maior parte do mercado projeta que a alta nos juros norte-americanos só deve ocorrer em meados de 2015.

No cenário interno, pesou ainda a disputa pela formação da Ptax de julho, no dia seguinte, que tende a trazer mais volatilidade às negociações no mercado local.

O Banco Central brasileiro anunciou que o fluxo em julho está negativo em US$ 4,680 bilhões. No ano até 25 de julho, o fluxo também está no vermelho, em US$ 534 milhões, enquanto na semana entre 21 e 25 a saída superou a entrada em US$ 641,3 milhões.

A divisa norte-americana tem operado entre R$ 2,20 e R$ 2,25 desde o início de abril, com apenas breves exceções nos últimos dois meses, diante das fortes atuações do Banco Central no mercado local. Boa parte dos especialistas avalia que cotações nesse intervalo agradariam à autoridade monetária, pois não impactam a inflação ou as exportações.

 

Intervenções do Banco Central no câmbio

Nesta sessão, o BC vendeu a oferta diária total de até 4 mil swaps cambiais, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, todos com vencimento em 2 de fevereiro de 2015, em volume equivalente a US$ 198,8 milhões.. Também foram ofertados contratos para 1º de junho de 2015, mas nenhum foi vendido.

O BC também vendeu a oferta total de até 7 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem no início de agosto. Ao todo, o BC já rolou cerca de 70 por cento do lote total, que corresponde a R$ 9,457 bilhões.

As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.

 


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