Os gastos das famílias no Japão caíram pelo quinto mês consecutivo, recuando 0,5% em julho (em termos reais ajustados aos preços) na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o relatório divulgado pelo governo do país nesta terça-feira (30).
Apesar de apresentar um resultado menor do que a queda prevista pelos analistas de mercado, o resultado em julho ressalta o enfraquecimento da demanda interna, principal motor da terceira maior economia mundial, e a aparente incapacidade do governo do primeiro-ministro Shinzo Abe para virar esta tendência.
Na comparação com o mês anterior, as despesas dos lares no Japão apresentaram crescimento em julho, registrando alta de 2,5% após ajuste sazonal, de acordo com o levantamento de estatística do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.
No período em análise e na base de comparação anual, a despesa média mensal por cada lar com dois ou mais ocupantes (medida principal do indicador) recuou 0,5% em termos reais (considerando a evolução dos preços ajustados à inflação) em julho, para 278.067 ienes. Em termos nominais (sem contar com a inflação), houve queda de 0,9%.
Já a média geral de gastos por cada domicílio no país situou-se em 302.422 ienes no sétimo mês do ano, queda de 3,5% em termos reais e de 3,9% na base nominal em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Por sua vez, o rendimento médio mensal das famílias com trabalhadores assalariados situou-se em 574.227 ienes em julho, o que representa recuo de 1,8% e de 2,2% em termos reais e nominais, respectivamente, ante igual mês de 2015.
A despesa dos lares é um indicador fundamental para avaliar a tendência do consumo privado, que no Japão representa cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB).
*A tabela com os dados completos pode ser conferida no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações (em inglês).
