Vendas no varejo do Japão têm primeira alta em quatro meses

A leve alta de 0,5% em fevereiro veio bem abaixo da previsão mediana de economistas, que estimavam avanço de 1,7%.
Precos no Japao Foto Stockvault 900x600 Atualizado em 31 03 2016
Foto: Stockvault

As vendas no varejo do Japão voltaram a crescer após recuar por três meses consecutivos, contudo, a alta registrada em fevereiro veio mais fraca que a estimada pelo mercado, de acordo com dados divulgados pelo governo do país na última terça-feira.

As vendas avançaram 0,5% em fevereiro ante o mesmo mês do ano passado, após recuar 0,1% em janeiro na mesma base de comparação, de acordo com o relatório preliminar do Ministério de Economia, Comércio e Indústria.

Apesar de apresentar o primeiro avanço em quatro meses, o resultado ficou abaixo da previsão mediana de economistas, que estimavam alta de 1,7% nas vendas no segundo mês de 2016.

Por sua vez, as vendas de alimentos e bebidas aumentaram pelo 11º mês consecutivo, com o ritmo de crescimento acelerando para 2,7% em fevereiro ante igual mês do ano anterior. Em janeiro, a alta foi de 2,2% (dados revisados), também em termos anualizado.

As vendas de vestuário registraram a terceira alta seguida, avançando 2,5% em fevereiro na base anual. Contudo, o ritmo de crescimento vem desacelerando, já que o indicador registrou alta de 3,4% e 4,1% em janeiro e dezembro do ano passado, respectivamente, segundo dados revisados.

Já as vendas de máquinas e equipamentos recuaram 4,7% no mês passado, após subir 1,4% em janeiro, no que representou o primeiro aumento em três meses.

Enquanto isso, as vendas de combustível seguiram em sua trajetória de queda. Em fevereiro, as vendas no setor recuaram 10,7% na comparação anual. Trata-se do 17º mês seguido de contração.  Contudo, o ritmo de queda livre vem desacelerando, em vista que a queda das vendas em janeiro (-11,4%) e dezembro (-16,5) foram ainda maiores.

O relatório do Ministério mostra ainda que as vendas de automóveis caíram 1,3% em fevereiro, após subir 1,4% em janeiro e recuar 2,4% em dezembro.

Diante da lentidão do crescimento dos salários e as incertezas sobre a fraca demanda do consumo privado, o Ministério deixou sua avaliação das vendas inalterada, dizendo que “elas continuam em um ritmo fraco”.

Contudo, o relatório das vendas no varejo segue em linha com o péssimo resultado sobre o principal indicador da inflação no Japão, ou seja, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que ficou estável em fevereiro na comparação anual, marcando o segundo mês seguido de estagnação, o que ressalta a necessidade de um aumento dos salários para apoiar os consumidores em um país que está à beira de uma recessão.

(Com agência Kyodo)

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