Japão prepara sistemas antimísseis para prevenir lançamento norte-coreano

O Japão começou nesta quinta-feira a preparar sistemas antimísseis no arquipélago de Okinawa.

Da agência EFE

Tóquio, 6 dez (EFE).- O Japão começou nesta quinta-feira a preparar sistemas antimísseis no arquipélago de Okinawa, no sul do país, como medida de prevenção por causa do plano norte-coreano de lançar ainda neste mês um foguete de longo alcance que poderia sobrevoar uma das ilhas japonesas.

As primeiras baterias de mísseis terra-ar Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3) foram instaladas pelas Forças de Autodefesa (Exército) nas ilhas de Okinawa (a principal do arquipélago), Miyako e Ishigaki, informou a rede pública “NHK”.

O objetivo do sistema é uma eventual intercepção do projétil em caso de fragmentos caírem em solo japonês, segundo o governo, que deve também instalar amanhã o sistema na região metropolitana de Tóquio.

O plano foi ativado pelo Ministério da Defesa após o recente anúncio de Pyongyang de que lançará entre os dias 10 e 22 de dezembro em sua base de Dongchang-ri um foguete de longo alcance Unha-3, em uma operação que, afirma, pretende pôr em órbita um satélite.

No entanto, Coreia do Sul, EUA e seus aliados acreditam que na realidade o lançamento esconde um teste relacionado à tecnologia de mísseis balísticos, o que violaria duas resoluções da ONU que proíbem Pyongyang de fazer atividades deste tipo.

Apesar da instalação dos sistemas antimísseis, o ministério da Defesa japonês afirmou que não vai disparar nenhum míssil para interceptá-lo se o projétil norte-coreano sobrevoar Okinawa sem deixar cair fragmentos.

Por outro lado, três navios japoneses Aegis, do tipo destróier, zarparam hoje do porto de Sasebo, na ilha de Kyushgu, rumo a águas próximas de Okinawa, para realizar um monitoramento por radar do projétil.

Segundo coordenadas informadas por Pyongyang à Organização Marítima Internacional (OMI), está previsto que a primeira fase do Unha-3 caia no Mar Amarelo a 140 quilômetros a oeste do litoral da província sul-coreana de Jeolla do Norte.

Parte de uma cobertura cairia em águas a 80 quilômetros a oeste da ilha sul-coreana de Jeju, e outra o faria no oceano, a cerca de 130 quilômetros a leste das Filipinas. EFE

 

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