Em Tóquio, Assembleia Mundial das Mulheres clama pelo ‘empoderamento feminino’

Cerca de 100 líderes políticos de 24 países, principalmente do sexo feminino, participam em Tóquio do 1º fórum internacional para as mulheres.

Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo

O segundo dia do fórum internacional para as mulheres, lançado pelo governo japonês, abordou questões sobre benefícios fiscais, mudanças na política de imigração e na cultura corporativa para ajudar as mulheres a desempenhar papéis mais ativos na economia.

 

Abe durante uma sessão da Assembleia Mundial das Mulheres no distrito de Roppongi, em Tóquio (Foto: Kyodo)
Shinzo Abe durante uma sessão da Assembleia Mundial das Mulheres, no distrito de Roppongi, em Tóquio (Foto: Kyodo)

 

O fórum, denominado “Assembleia Mundial das Mulheres” e que começou na sexta-feira (12), conta com a participação de cerca de 100 líderes políticos e empresariais proeminentes, principalmente do sexo feminino, de 24 países.

Neste sábado (13), líderes apoiaram o plano de governo primeiro-ministro Ahinzo Abe a submeter-se a dieta de um projeto de lei que obriga as empresas a estabelecer metas para a promoção das mulheres.

Japão está hospedando o evento de três dias que foi lançado poro Abe para a promoção social das mulheres, um dos pilares da sua estratégia de crescimento econômico.

Participaram do evento a embaixadora americana no Japão, Caroline Kennedy, e a Administradora do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, Helen Clark.

Suas propostas incluem a melhoria de serviços cuidar de filhos e pais idosos de mulheres que trabalham, como, por exemplo, facilitar regulamentos para permitir um maior emprego de trabalhadores estrangeiros.

Os participantes também pediram por uma “reforma drástica sem precedentes no estilo de trabalho”, incluindo um fim a longas horas de trabalho e a adoção de estilo mais flexível.

Também foi proposto que o governo promova incentivos fiscais para empresas que incentivam os homens a tirar uma licença parental.

As propostas também incluiu medidas para proteger os direitos humanos das mulheres nos países em desenvolvimento e regiões afetadas por conflitos, compilados depois de uma mesa-redonda formada por líderes políticos e liderada por Abe na sexta-feira.

“Quando olhamos para o mundo, ainda vemos a triste realidade de que há pessoas que […] não podem receber serviços básicos, como saúde e educação apenas porque são mulheres”, declarou o premiê japonês no início da sessão neste sábado.

Abe disse que também pretende ajudar as mulheres a ganhar habilidades através de treinamento com o objetivo de que se tornem economicamente independentes.

Anunciou ainda a abertura do escritório de Mulheres da ONU em Tóquio no próximo ano e disse que seu governo vai aprofundar a sua cooperação com as Nações Unidas para criar um mundo em que os direitos humanos das mulheres estarão protegidos.

Na Assembleia Geral da ONU em setembro do ano passado, Abe prometeu mais de US$ 3 bilhões em ajuda ao longo de três anos para o ao desenvolvimento do “empoderamento das mulheres” e de cuidados com saúde, dos quais US$ 1,8 bilhão já foram desembolsados.

O fórum convocou investimentos estratégicos nas áreas de educação, saúde e alimentação, apoio às empresárias, diminuindo os obstáculos ao financiamento, o fim da cultura de impunidade para a violência sexual, e apoio centrado na construção da paz.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Fumio Kishida, disse no final da sessão de hoje que o governo vai aprender com estas propostas e tomar as devidas medidas.

O evento de três dias vai encerrar no domingo com um passeio na área de resort Hakone, perto de Tóquio, enquanto mais de 100 eventos relacionados estão programados para continuar em todo o país, bem como em alguns locais no exterior até 19 de setembro. O governo planeja sediar um novo “Fórum de Mulheres” no próximo ano.

== Kyodo

 


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