Empresas japonesas retiram funcionários do Iraque

As empresas disseram que a retirada é uma medida de segurança por causa do agravamento da situação no país.

Do Mundo-Nipo

Empresas japonesas estão retirando seus funcionários do Iraque, como medida de precaução, por causa do agravamento da situação de segurança no país.

A Japan Petroleum Exploration Company (Japex) declarou que trabalhadores japoneses em um campo de petróleo no sul do Iraque deixaram o país, na noite de segunda-feira (16), e já se encontram no Japão.

Segundo a empresa, a produção no campo de Garraf não foi afetada pelos confrontos no norte do Iraque, afirmando que vai continuar a monitorar a situação antes de decidirem pelo retorno ou não de sua equipe ao Iraque. A Japex iniciou sua produção petrolífera em plena escala em Garraf, em agosto do ano passado. A empresa explorou o campo em conjunto com a companhia petrolífera estatal da Malásia.

A companhia de construção civil Toyo Engineering, por sua vez, afirmou que todos os seus seis funcionários japoneses deixaram o país, na semana passada.

Eles estavam trabalhando em um plano para estabelecer uma instalação de exportação de petróleo, como parte de um projeto conjunto com a companhia petrolífera estatal do Iraque.

Ainda hoje, quarenta trabalhadores indianos do setor da construção foram sequestrados na cidade iraquiana de Mosul, que está nas mãos de militantes sunitas, mas nenhum pedido de resgate foi recebido e seu paradeiro é desconhecido, conforme comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Índia, nesta quarta-feira.

O porta-voz Syed Akbaruddin afirmou que o governo não sabe quem está por trás do sequestro. A maioria dos reféns é do Estado de Punjab, norte da Índia, e estava trabalhando para uma companhia com sede em Bagdá chamada Tariq Noor Al Huda.

Combatentes do EIIL, que buscam estabelecer um califado (Estado Islâmico) numa ampla região na Síria e Iraque, lançou sua revolta ao conquistar o controle de Mosul, e avançou para o vale do rio Tigre em direção a Bagdá.

O conflito no Iraque tem levado empresas de vários países a retirarem seus trabalhadores das áreas afetadas, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), que anunciou na última segunda-feira ter retirado dezenas de funcionários de Bagdá, capital iraquiana. Segundo a ONU, 58 dos 200 funcionários internacionais que trabalham para a organização em Bagdá estão sendo reinstalados temporariamente em outras áreas fora  da capital.

Os 58 empregados seguiram para a capital da Jordânia, Amã, e serão reinstalados em Erbil, no Iraque, informou o porta-voz da ONU, Farhan Haq. “Outros movimentos desse tipo poderão ocorrer nos próximos dias”, disse Haq, ressaltando que a ONU “continuará seu trabalho no Iraque”.

(Do Mundo-Nipo com informações das agências Reuters e Kyodo)

 


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