Premiê japonês pede investigação sobre queda de avião na Ucrânia

Abe quer saber se havia cidadãos japoneses entre as quase 300 vítimas.

Do Mundo-Nipo

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu uma investigação internacional sobre a queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, que pode intensificar as tensões geopolíticas na região, informou nesta sexta-feira (18) a emissora pública ‘NHK’.

 

Shinzo Abe pede investigação sobre queda de avião na Ucrânia (Imagem: Reprodução/NHK)
Abe quer saber se havia cidadãos japoneses entre as quase 300 vítimas (Imagem: Reprodução/NHK)

 

Abe fez o comentário em uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, na manhã desta sexta-feira (madrugada pelo horário de Brasília). O premiê enfatizou que o Japão vai cooperar plenamente com a comunidade internacional para descobrir o motivo do incidente e instruiu funcionários a investigar, o mais rápido possível, se cidadãos japoneses estavam entre as quase 300 vítimas.

O voo MH17 da companhia Malaysia Airlines caiu com 298 pessoas a bordo no leste da Ucrânia. Segundo autoridades americanas, a aeronave aparentemente foi derrubada por um míssil terra-ar. Ucranianos e russos se acusam pela derrubada da aeronave.

Nesta sexta-feira, o Serviço de Segurança da Ucrânia divulgou conversas telefônicas que teriam sido mantidas por separatistas pró-Rússia e oficiais de inteligência militares de Moscou na qual admitem ter derrubado o avião que caiu na quinta-feira (17) no leste do país, conforme noticiou esta manhã o portal de notícias ‘G1’.

Não foi possível confirmar a veracidade da gravação de maneira independente. A agência ucraniana divulgou o áudio. Ucranianos e russos se acusam pela derrubada da aeronave.

Ainda de acordo com o ‘G1’, uma das ligações teria sido feita às 16h40 locais, no horário de Kiev, cerca de 20 minutos após a queda do avião. Segundo os serviços ucranianos, ela foi feita por Igor Bezler – identificado como um agente de inteligência militar russo e um dos principais comandantes separatistas da autoproclamada República Popular de Donetsk, segundo o jornal ucraniano “Kyiv Post”.

A segunda ligação interceptada ocorre aparentemente entre dois militantes, apelidados de “major” e “grego”, logo após uma inspeção no local da queda. “É um avião 100% de passageiros”, diz ‘major’ na gravação. Ele admite não ter visto armas no local da queda. “Absolutamente nada. Itens civis, itens médicos, toalhas.”

Na terceira parte da conversa o comandante cossaco Nikolay Kozitsin fala com um militante não identificado e sugere que o avião poderia estar carregando espiões.

“Sobre o avião que foi derrubado na área de Snizhne-Torez. É civil. Caiu perto de Grabove. Há vários corpos de mulheres e crianças”, diz o homem não identificado. “Na TV disseram que é um avião de transporte NA-26, mas disseram que está escrito Malaysia Airlines nele. O que ele estava fazendo no território ucraniano?”, questiona.

“Isso significa que ele estava carregando espiões. Eles não deveriam estar voando aqui. Há uma guerra em andamento”, afirma Kozitsin na gravação, conforme noticiou o ‘G1’.

 


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