Japão e Coreia do Norte iniciam reunião sobre japoneses sequestrados

Uma delegação do Japão se encontra em Pyongyong para obter informações sobre 12 japoneses reconhecidos oficialmente como raptados.
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Representantes dos governos de Japão e Coreia do Norte começaram nesta terça-feira (28), em Pyongyong, a rodada de reuniões sobre as questões investigação dos cidadãos japoneses sequestrados pelo regime militar norte-coreano entre as décadas de 1970 e 1980.

A delegação japonesa em Pyongyong é chefiada por Junichi Ihara, diretor para a região Ásia-Pacífico do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão. A intenção é obter informações sobre as 12 pessoas que o governo japonês reconhece oficialmente como raptadas pela Coreia do Norte.

A comitiva japonesa conta com outros 11 representantes do governo e da Agência Nacional de Polícia.  Enquanto a Coreia do Norte é representada por oito funcionários governamentais, liderados por So Tae-ha, presidente do comitê de investigação que também é vice-ministro de Segurança Estatal e conselheiro de segurança da Comissão Militar Central.

O Ministério de Segurança Estatal é uma agência de polícia secreta da qual se acredita que possui muita informação sobre os sequestrados. Tóquio reconhece 17 japoneses sequestrados oficialmente. Eles foram raptados entre 1977 e 1983 para dar aulas de cultura e idioma nos programas de formação para espiões norte-coreanos, embora exista a suspeita de que centenas de japoneses foram capturados por Pyongyang. Apenas cinco puderam retornar ao Japão.

O regime comunista admitiu em 2002 a ocorrência de 13 sequestros além dos cinco que regressaram ao Japão. Outros oito teriam morrido e quatro citados pelo governo japonês nunca entraram no país. Para a realização das reuniões bilaterais sobre a investigação dos sequestros, o Japão decidiu suspender parte das sanções que mantinha sobre a Coreia do Norte. Apesar disso, as autoridades norte-coreanas ainda não entregaram relatório que prometeram apresentar até outubro.

No início das conversações, So Tae Ha disse estar ciente de que há visões conflitantes no Japão quanto ao envio de uma delegação à capital norte-coreana. Segundo ele, a visita era uma medida benquista e refletia a intenção do governo japonês de implementar um acordo bilateral fechado no mês de maio em Estocolmo, na Suécia, em conformidade com a declaração de Pyongyang.

A declaração foi firmada em 2002 durante uma reunião entre os líderes dos dois países na época: Junichi Koizumi e Kim Jong Il.

O chefe da delegação do Japão, lembrou que quatro meses se passaram desde que o comitê especial iniciou sua investigação. Ihara transmitiu ao lado norte-coreano que Tóquio dá prioridade máxima à resolução da questão dos sequestros de cidadãos japoneses a mando de Pyongyang.

(Com informações das agências EFE e Kyodo)

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