Japão é o país com menor participação feminina em conselhos de empresas

Entre 20 países pesquisados, Japão ficou em último no estudo sobre a presença de mulheres em conselhos de administração em companhias listadas no índice da bolsa.

Do Mundo-Nipo

Japão é o país com a menor participação de mulheres nos conselhos de companhias listadas no índice da bolsa, de acordo com a Catalyst, uma organização sem fins que divulgou, ontem (13), um estudo que contabiliza a presença de feminina em conselhos de administração de empresas que fazem parte de índices da Bolsa de Valores em nações com mercados financeiros efetivos.

O levantamento, que foi realizado em parceria com o Data Morphosis Group, pesquisou empresas em 20 países na América do Norte, Europa, Ásia e Oceania. De acordo com o relatório divulgado pela a Catalyst, o país que sai na frente é a Noruega, contabilizando 35,5% de conselheiras em empresas do índice OBX. O número, no entanto, está abaixo da cota de 40% estabelecida em 2008.

Os outros países com maior participação feminina possuem algum tipo de instrumento de incentivo à participação feminina nos órgãos, mas nem todos estabelecem cotas.

Um grande exemplo disso é a Finlândia, com 29,9% de conselheiras atuando em empresas do índice OMX Helsinki 25, mas o país exige cota apenas em empresas estatais. Par as empresas listadas em bolsa, há uma recomendação no código governança corporativa de que conselhos sejam “formados por ambos os gêneros”.

Outro país com regulação parecida é a Suécia, que também não tem cota obrigatória. O país possui atualmente 28,8% de mulheres nos conselhos das empresas listadas no OMX Stockholm 30.

Ao contrário disso está a França, que instituiu uma lei de cotas em 2011 e possui hoje 29,7% de presença feminina nos conselhos de empresas listadas no índice CAC 40. O número, porém, está abaixo dos 40% que serão exigidos em 2017. Já nos Estados Unidos, a participação de mulheres no índice S&P 500 é de apenas 19,2%.

Na contramão dos países desenvolvidos economicamente está o Japão. Entre os países pesquisados, a treceira maior economia do mundo possui o menor número de participação feminina dos conselhos, com apenas 3,1% de conselheiras nas companhias listadas no índice TOPIX Core 30. Outro que com desempenho ruim é Portugal, que vem logo em seguida com 7,9%.

O Brasil não está entre os pesquisados, mas o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBCG) estima que apenas 7% dos conselheiros de empresas sejam mulheres. O número deixaria o país na penúltima posição da pesquisa da Catalyst, ficando à frente somente do Japão.

Entretanto, o grupo Mulheres do Brasil, liderado por Luiza Helena Trajano, presidente da companhia Magazine Luiza, defende a criação de uma lei federal que exija participação feminina de 20%.

Fontes: Jornal Valor Econômico / Grupo Catalyst.

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