Japão planeja adotar tecnologia de reconhecimento facial nos aeroportos

A inciativa é para lidar com o número crescente de visitantes estrangeiros e se preparar para as Olimpíadas de 2020.

Do Mundo-Nipo

Os portões de imigração dos aeroportos do Japão poderão ser equipados com tecnologia de reconhecimento facial já em 2018, de acordo o Ministério da Justiça do país, que pretende facilitar os trabalhos nos aeroportos para lidar com o número crescente de visitantes estrangeiros, bem como preparar o país para as Olimpíadas de 2020 em Tóquio, informou o jornal Mainichi Shimbun.

 

Embarque internacional no Aeroporto Internacional de Narita (Foto: Creative Commons)
Cerca de 29 mil pessoas participaram do primeiro teste do equipamento (Foto: Arquivo/Aeroporto de Narita/Creative Commons)

 

O ministério tem solicitado em seu site para as pessoas utilizem os portões automatizados, destacando a facilidade com que os usuários podem passar pelos procedimentos de imigração. “Basta seguir as instruções na tela em cada cabine, e o registro do usuário pode ser concluído no mesmo dia do voo”, destaca o órgão.

Somente no ano passado, 1,32 mil pessoas utilizaram os portões automatizados que possuem tecnologia de digitalização de impressões digitais, que foram implementados nos aeroportos internacionais de Narita, Haneda, Chubu Centrair e Kansai, conforme cita a publicação do jornal japonês.

Embora esse total represente um crescimento sete vezes maior que em 2008, um ano após a adoção do sistema, a proporção por número de usuários ainda é de apenas cerca de 4%. A razão para o lento crescimento no uso de portas automatizadas é a resistência generalizada ao fornecimento de impressões digitais.

Esse problema pode ser resolvido com a tecnologia de reconhecimento facial. O sistema lê dados de imagem facial de chips IC embutidos em um passaporte e compara com uma fotografia tirada no portão de imigração para determinar se é a mesma pessoa. Seu maior mérito é a sua conveniência.

Sem registro prévio necessário, ao contrário de outros sistemas de identificação biométrica que requerem o registro de impressões digitais ou imagens de íris e scanners faciais, o sistema pode ler imagens tiradas a partir de uma certa distância. Austrália e Reino Unido adotaram a tecnologia para os procedimentos de imigração, em 2007 e 2008, respectivamente.

Segundo o ministério, cerca de 29 mil pessoas participaram do primeiro teste do equipamento. Nos casos em que o equipamento reconheceu as pessoas corretamente, foi necessário uma média de 17,4 segundos até completar o reconhecimento para que os portões se abrissem.

Normalmente, os oficiais de imigração demoram cerca de 25 a 30 segundos para liberar um viajante, o que não é uma grande diferença. Entretanto, 90% dos passageiros que participaram do teste afirmaram que usariam o equipamento, desde que não tivessem que aguardar muito na fila.

Por outro lado, a taxa de erro de 17% tem se mostrado um empecilho da tecnologia, já que o sistema não reconhece de forma precisa uma em cada 5 ou 6 pessoas.

Embora existam inúmeras razões pelas quais o erro acontece, a direção do rosto, brilho e franjas foram citados como os três principais fatores em 34 por cento, 18 por cento e 13 por cento, respectivamente.

A decisão de implementar os portões com reconhecimento facial foi adiada por causa desses erros, mas o governo pretende implementar até 2018, pois a previsão é de receber mais de 20 milhões de pessoas para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2020, de acordo com a revista online Alternativa jp.

 


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