Apesar de prejuízos, Nintendo descarta estender seus jogos a outras plataformas

O presidente da Nintendo reafirmou que não tenciona lançar jogos para dispositivos que não sejam os seus.

Do Mundo-Nipo

Apesar do fracasso nas vendas do videogame Wii U e da queda no valor de suas ações, o presidente-executivo da Nintendo, Satoru Iwatam, disse que a empresa não deverá fazer mudanças radicais, como lançar jogos para dispositivos que não sejam os seus.

 

Indicador de queda da Nintendo (Imagem: Mundo-Nipo)
Mesmo depois de ter vendido mais de 16 milhões de unidades do 3DS em 2013 somente nos EUA, a Nintendo acabou registrando prejuízo em seu terceiro ano fiscal consecutivo (Imagem: Mundo-Nipo)

 

Motivado pelo mal desempenho do Wii U, a Nintendo alertou na última sexta-feira (17) que espera seu terceiro ano consecutivo de prejuízos, após ter previsto inicialmente um lucro de 100 bilhões de ienes (US$ 960 milhões) para o ano fiscal que termina em março de 2014. Por conta do resultado ruim, a previsão de vendas do Wii U foi reduzida em 70%, destacou a agência Reuters na segunda-feira (20).

Em conferência realizada junto a investidores da Nintendo na última semana, Satoru Iwata reafirmou o que tem dito de forma sólida: levar franquias consagradas da “Big N” para plataformas móveis não é uma de suas intenções. Dessa forma, a crise financeira pela qual a empresa passa não parece motivar o executivo a mudar de ideia, de acordo com o portal TecMundo.

“É correto questionar se a Nintendo deve continuar a usar o mesmo modelo de venda de um videogame por 20 mil a 30 mil ienes e de jogos por vários milhares de ienes cada um. Por isso, se você perguntar se estamos pensando em uma nova estrutura de negócios, a resposta é ‘sim'”, disse Iwata a jornalistas em Osaka, no Japão, na sexta (17).

No entanto, ele descartou a ideia de que o aumento de jogos em smartphones e tablets irá acelerar o declínio dos videogames. “A disseminação de dispositivos inteligentes não irá fazer com que os videogames deixem de vender. Não é algo tão simples. Se nós oferecermos algo que esteja alinhado com as mudanças ao nosso redor, acredito que as pessoas ainda precisarão de videogames”, afirmou Iwata.

Ao contrário das rivais Microsoft e Sony, cujos videogames Xbox One e PlayStation 4, respectivamente, tiveram fortes vendas, a criadora de “Super Mario” tem resistido à pressão de começar a desenvolver jogos para outras empresas.

A Nintendo conta com a popularidade de suas franquias, como “Mario” e “The Legend of Zelda”, para impulsionar as vendas de seus aparelhos. No entanto, alguns analistas dizem que a Nintendo está perdendo por não lançar uma versão de seus jogos para smartphones e tablets, que agora ultrapassam a marca de 1 bilhão de aparelhos em uso e são responsáveis por uma proporção cada vez maior de jogos.

Porém, não há sinais de que a Nintendo, que planeja revelar uma nova estratégia de gestão após liberar seus resultados trimestrais no dia 30 de janeiro, possa reavaliar seu posicionamento em relação a isso.

 


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