Japão consegue isolar vírus da zika de paciente infectado

Trata-se da primeira vez que pesquisadores conseguem isolar o zika do soro de um paciente infectado.
Mosquito da dengue Foto Divulgacao 900x600 05 01 2016
Foto: Stockvault

Um instituto de pesquisas no norte do Japão obteve sucesso ao conseguir separar o vírus da zika do soro sanguíneo de um paciente com a doença, no que representa a primeira vez que o vírus é isolado de um infectado e marca um grande passo nas pesquisas que visam curar a doença, informou a emissora estatal japonesa ‘NHK’.

O Instituto de Saúde Pública da Província de Chiba, nas proximidades de Tóquio, anunciou na sexta-feira que efetuou a separação usando o soro de um paciente residente na província. Ele foi confirmado como tendo sido infectado pelo vírus da zika em abril, após voltar do exterior.

Segundo o instituto, foram registrados 10 casos da doença no Japão. Diz ainda que esta é a primeira vez que o vírus foi isolado do soro de um paciente, conforme informou a ‘NHK.

Zika e microcefalia continuam sendo emergência internacional
Da agência Efe
A epidemia do vírus da zika continua sendo uma emergência de saúde de alcance internacional, dada sua contínua expansão geográfica e as grandes lacunas no entendimento de seus efeitos neurológicos, declarou na sexta-feira (2) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A diretora geral da entidade, Margaret Chan, divulgou as conclusões do Comitê de Emergências da OMS, que nesta quinta-feira se reuniu para analisar a evolução da epidemia.

“O fato de que desde a última reunião tenham sido declarados surtos em distintas zonas geográficas e de que sigam existindo enormes lacunas sobre seus efeitos colaterais nos obrigou a manter a definição de emergência sanitária internacional”, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, o diretor do Comitê de Emergências, David Heymann.

Nas últimas semanas, foram confirmados quatro casos na Guiné-Bissau e uma centena em Cingapura. O surto em Guiné-Bissau, no entanto, é produzido pela cepa africana do vírus, enquanto no de Cingapura ainda se desconhece sua origem e estão sendo realizados testes.

A cepa que apareceu no Brasil no final do 2014 e que provocou a epidemia atual é a asiática, proveniente das ilhas do Pacífico, onde foi detectada pela primeira vez em 2007.

A respeito das lacunas científicas, tanto Heymann como o diretor de emergências da OMS, Peter Salama, assumiram que todas as incógnitas permanecem sem resposta, dado que não se conhece por que o vírus provoca graves efeitos neurológicos em alguns casos e em outros não.

“Temos uma necessidade urgente de manter de maneira sustentada a pesquisa em nível global para obter respostas”, afirmou Heymann.

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