Brasil soma 3 mil casos de microcefalia e 1,59 milhão de casos de dengue

Divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, os números “parciais” são relativos aos casos registrados em 2015, o que pode aumentar significativamente.
Mosquito da dengue Foto Divulgacao 900x600 05 01 2016
Foto: Stockvault

De janeiro até 5 de dezembro de 2015, o número de pessoas que contraíram dengue totalizou 1,59 milhão, mostraram dados parciais do Ministério da Saúde, que ainda não terminou de compilar todos os casos de dengue registrados no ano passado.

No último boletim epidemiológico divulgado pelo governo sobre a doença, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apareceram com as maiores taxas de disseminação da doença. São Paulo e Goiás tiveram até o período, respectivamente, incidências de 2.438 e de 1.640 casos por 100 mil habitantes.

Os quatro municípios recordistas na permanência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti são paulistas: Onda Verde (17.966 casos por 100 mil habitantes), Rio Claro (10.237 casos por 100 mil habitantes), Sorocaba (8.647 casos por 100 mil habitantes) e Campinas (5.746 casos por 100 mil habitantes).

Antes de dezembro, 2015 já havia se tornado o ano com maior número de casos registrados de dengue e de mortes provocadas pela doença. Até 5 de dezembro, 839 pessoas haviam morrido em decorrência da dengue, um aumento de 80% em relação a 2014.

Casos suspeitos de microcefalia relacionada ao Zika
O Ministério da Saúde também divulgou hoje (5) os números sobre casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em recém-nascidos. Segundo o órgão, foram notificados 3.174 casos.

As notificações estão distribuídas em 684 municípios de 21 unidades da federação e, pela primeira vez, está sendo investigado um caso no estado do Amazonas. Segundo o órgão há ainda investigações em andamento sobre 38 óbitos de bebês com microcefalia, possivelmente relacionados ao vírus Zika.

O Ministério da Saúde só tem divulgado o número de casos em que há suspeita de que o recém-nascido tem microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os bebês têm o quadro confirmado ou descartado depois que passam por exames neurológicos e de imagem, como a ultrassonografia transfontanela  e a tomografia, porém, desde que começou a divulgar semanalmente boletins, a pasta tornou publica a confirmação de 134 casos e o descarte de 102.

O estado de Pernambuco, o primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.185), o que representa 37,33% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão Paraíba (504), da Bahia (312), Rio Grande do Norte (169), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (139), Mato Grosso (123) e Rio de Janeiro (118).

Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.

Chikungunya e febre amarela
O Ministério também informou que ainda não conseguiu concluir os números de 2015 sobre chikungunya, outros vírus transmitido pelo Aedes aegypti, mas confirmou a gravidade da endemia.

A chikungunya teve mais de 17 mil casos suspeitos, mas só 374 foram confirmados por diagnóstico laboratorial. Outros 6.350 foram confirmados por critério clínico e 8.926 não tiveram resultado conclusivo.

A maior parte dos municípios com casos de transmissão autóctones (não importados) está concentrada na Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

A febre amarela, outra doença transmitida pelo Aedes aegypti, é considerada uma endemia sob controle, mas teve um caso suspeito em 2015, no Rio Grande do Norte. O Ministério da Saúde confirmou o caso em 29 de dezembro, mas o episódio havia ocorrido em junho e culminou com a morte da paciente. O caso continua sob investigação.

Fontes: Portal G1 | Agência Brasil.

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