Um grupo de pesquisadores obteve sucesso nos testes realizados em camundongos de uma vacina que previne a demência, segundo um estudo publicado na revista científica Alzheimer’s Research & Therapy. Os testes clínicos do medicamento, cujo foco é prevenir o Alzheimer, devem começar em 2 até anos.
A equipe desenvolvedora da vacina visa criar um tratamento que remova aminoácidos conhecidos como placas beta-amiloides (Aβ) do cérebro, e evite a presença de proteínas chamadas tau hiperfosforilada nos neurônios. Isso porque, segundo os pesquisadores, essas substâncias estão diretamente ligadas ao surgimento de quadros de demência.
Para isso, a vacina contra demência foi testada em camundongos com patologias relacionadas à presença da Aβ e da tau.
“Em conjunto, essas descobertas justificam o desenvolvimento dessa estratégia de vacinação dupla, que é baseada na tecnologia, para que realizemos os testes finais de [prevenção da] doença de Alzheimer humana”, afirmaram os principais autores do estudo, Anahit Ghochikyan e Mathew Blurton-Jones, em comunicado.
“Nossa abordagem visa cobrir todas as bases e superar os obstáculos anteriores na busca de uma terapia para diminuir o acúmulo de moléculas de Aβ/tau e atrasar a progressão do Alzheimer em um número crescente de pessoas em todo o mundo”, explicou Nikolai Petrovsky, outro membro do estudo.
De acordo com a equipe, diversos outros medicamentos do tipo já foram desenvolvidos e testados, mas nenhum deles combinava a prevenção do acúmulo de Aβ e da tau em apenas uma vacina. Por isso, os especialistas têm esperanças de que o sucesso nos testes com camundongos seja um bom sinal para as pesquisas em humanos, que devem começar em breve.
Com informações da Revista Galileu.
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