Falhas ativas podem passar despercebidas no Japão, diz estudo

O autor do estudo adverte as pessoas para tomarem precauções, mesmo que falhas ativas não tenham sido detectadas nas áreas onde vivem.

Do Mundo-Nipo

Um pesquisador japonês descobriu que vários terremotos causados por falhas ativas no subsolo do arquipélago japonês deixaram pouca ou nenhuma evidência de deslocamento do solo, informou nesta segunda-feira (7) a NHK News.

O professor da Universidade de Tohoku, Shinji Toda, examinou 33 terremotos a partir de 6,5 graus de magnitude causados por falhas sísmicas ativas nos últimos 90 anos. A partir desses sismos, foi analisada a maneira como a superfície do solo mudou devido ao movimento das falhas.

Toda descobriu que o movimento da superfície do solo foi verificado em apenas seis terremotos, ou 18% do total examinado, que inclui o tremor de 7,3 graus de magnitude que atingiu Kobe e arredores em 1995.

Isso quer dizer que mais de 80% dos terremotos deixaram pouca ou nenhuma evidência de mudanças no solo. Um deles é o terremoto de 7,2 graus de magnitude que atingiu o interior das áreas nas províncias de Iwate e Miyagi em 2008.

Geocientistas normalmente usam imagens aéreas e investigações de campo para identificar falhas ativas. Mas após o resultado do estudo, existe uma grande possibilidade de que esses métodos deixaram passar despercebidas várias falhas ativas em áreas profundas.

Outra técnica que ganhou atenção recentemente usa um laser acoplado na aeronave para realizar sondas aéreas. Este método ajuda os cientistas a descobrir falhas ativas, mesmo em áreas escondidas por árvores e edificações. Mas este tipo de mapeamento também tem seus limites.

O professor Toda disse que é necessário um método de pesquisa mais eficaz porque é difícil detectar falhas ativas a partir da superfície. Ele também adverte as pessoas para tomarem precauções, mesmo que falhas ativas não tenham sido detectadas nas áreas onde vivem.

 


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